domingo, 15 de abril de 2012

Quem são os filhos de Deus e as filhas dos homens?

Por: Jânio Santos de Oliveira Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ profjaniotiraasduvidas.blogspot.com
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor! Esta é sem dúvida uma das grandes perguntas enigmáticas que geralmente as pessoas fazem umas ás outras sempre. Nesta matéria estaremos desenvolvendo esta questão e fazendo uma análise bíblica e exegêtica á luz dos acontecimentos ao longo das eras bíblicas baseadas no conceito dos mais abalizados apologistas, e pais da Igreja. Vamos acompanhar!  Definição de “FILHOS DE DEUS” EM GENESIS 6” “Onde a escritura é tão reticente como o é aqui, Pedro e Judas nos aconselham a retirada. Coloquemo-nos em nosso próprio lugar! Mais importante do que as minúcias desse episódio é sua indicação de que o homem não pode socorrer-se a si mesmo, seja que os setitas tenham traído a sua vocação, seja que os poderes demoníacos tenham conseguido um tento”. Portanto, ainda que a definição teologia seja importante, ela não é fundamental aqui para a essência da compreensão do texto. Como veremos, todas as opções tem suas fraquezas e falhas, mas não impedem o sentido geral do texto. A opinião do autor ficará evidente, e seu favoritismo por determinada opção não deve conduzir o leitor à suas conclusões, mas certamente tornará evidente a razão de sua preferência. 1. Filhos de Deus: Anjos Caídos A opinião provavelmente mais tradicional é de que anjos caídos são representados pelo termo “Filhos de Deus” e que em sua devassidão abandonaram seu estado original e vieram a terra para coabitar com as filhas dos homens. A razão dessa distinção não é exclusivamente lingüística, mas aparentemente textual. Os defensores dessa linha de raciocínio defendem que essa é a leitura que melhor se harmoniza com o texto. Bob Deffinbaug entende que a terminologia usada por Moisés claramente indica o fato de que “Filhos de Deus” se referem a anjos no AT. Sobre isso atesta: “Os estudiosos que rejeitam esta opinião prontamente reconhecem o fato de que o termo preciso é claramente definido na Escritura. A razão para rejeitar a interpretação dos anjos caídos é que tal opinião é tida como uma afronta à razão e às Escrituras”. Antiguidade do Argumento: Essa interpretação é provavelmente a mais antiga tradição e é encontrada no Códice Alexandrino, que verte o texto com o uso de termo “aggeloi” (anjo) em tradução da expressão bene há’elohim (Filhos de Deus). No livro apócrifo de Enoque encontramos essa tradição expressa: “E aconteceu que, quando os filhos dos homens se multiplicaram, naqueles dias, bela e formosa filhas nasceram. E os anjos, os filhos do céu, vendo-as as desejaram, e disseram uns aos outros: “Vem! Vamos escolher por nós mesmos esposas dentre o povo, e vamos gerar para nós filhos”. Uso da Expressão: No Antigo Testamento a expressão “Filhos de Deus” é usada para descrever anjos. Em Jó.1.6 lemos: “Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles” ( 2.1). A tradução da LXX aqui adota novamente o termo “aggeloi” e, segundo Adam Clarke, a versão caldéia usa “tropa angélica”. Nesses textos em Jó parece não haver discussão sobre usa referência, observe: “quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?” (Jó.38.7). Ao analisar esse texto, são raros os que não encontram aqui uma referência angélica. Mesmo os que defendem que em Gn.6 o termo não se refere a anjos, aqui o reconhecem, como Barnes: “E todos os filhos de Deus – Anjos – chamados filhos de Deus, de sua semelhança com ele, ou a serem criados por ele”. Em Sl.89.6 não há qualquer suspeita: “Pois quem nos céus é comparável ao SENHOR? Entre os seres celestiais, quem é semelhante ao SENHOR?” ( Dn.3.25). Origem dos Gigantes: Os defensores dessa visão entendem que os gigantes, e homens de renome do mundo antigo são apenas explicados pela união entre seres angelicais e seres humanos. Sobre isso, Deffinbaug atesta: “As mulheres ansiavam pela esperança de ser a mãe do Salvador. Quem seria o pai mais apropriado para tal criança? Não seria um “homem poderoso de renome”, que também seria capaz de se gabar da imortalidade? Alguns dos piedosos descendentes de Sete viveram aproximadamente 1000 anos de idade, mas os Nefilins não morreriam, se fossem anjos. E assim começou uma nova raça”. Contexto: Segundo os defensores o uso do termo “homem” (hb. ‘adam) no verso 1 não tem qualquer distinção do termo usado no verso 2. Se filhas dos homens tem um sentido mais restrito (como sugerem os defensores da união da descendência de Sete e Caim), o texto não introduz tal conceito e, portanto não deve ser uma opção válida. Não é possível diferenciar o homem do verso 1 das filhas dos homens do verso 2. Respaldo Bíblico: Dois aspectos são defendidos aqui: As escrituras ensinam que os anjos podem fazer-se presente entre os homens (Hb.13.2) e de serem de tal forma parecido com seres humanos que foram confundido com eles (Gn.19.1). Em defesa desse fato, os que adotam essa opção apresentam o caso de Sodoma e Gomorra, ocasião que os homens de Sodoma se sentiram atraídos sexualmente pelos seres angélicos: “Onde estão os homens que, à noitinha, entraram em tua casa? Traze-os fora a nós para que abusemos deles” (Gn.19.5). Aos olhos dos sodomitas, tais anjos eram homens atraentes. O Novo Testamento apresenta textos que falam sobre esse evento: “E a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do Grande Dia” (Jd. 6; cf. 2Pe.2.4). O argumento aqui é que os anjos abandonaram seu domicílio, a presença de Deus, e desceram à terra Viola a Lei Natural Estabelecida por Deus: Uma das verdades que se tem por clara e evidentes nas escrituras é que a geração sempre acontece entre criaturas da mesma espécie. Essa verdade é estampada no relato da criação, em que vemos esse fato com uma bênção divina para plantas (1.11), animais (1.23-25), diferente do homem (1.26). Não há nada no relato da criação que aceite a idéia de uma geração mista entre entidades de diferentes espécies. Se um anjo caído tem poder reprodutor, a lei da natureza ainda impediria que o fruto desse relacionamento misto fosse reprodutor, pois assim acontece na natureza hoje, e não temos razões para crer que era diferente nesse aspecto na ocasião. Outro detalhe que deve ser lembrado é que as escrituras não falam sobre seres híbridos. Para se defender desse ponto, alguns alegam que tais anjos possuíram os homens, como vemos acontecer nos evangelhos e por isso a reprodução foi possível. Entretanto, aqui há larga contradição no argumento, pois se apenas seres angélicos são opção suficiente para a existência de gigantes, um homem possuído por uma entidade angélica ainda seria o progenitor biológico, e portanto, não teria qualquer distinção entre ele e um homem não possuído. Ignora o juízo divino: Os que defendem essa opção precisam responder por que razão o julgamento divino incluiu apenas o homem, os animais e a terra, se os causadores do problema foram seres angélicos. Se a perversão da humanidade alcançou os céus, por que nenhuma menção de juízo, repreensão divina oferecida? Se tais anjos eram malévolos, por que razão Deus não manifestou sua ira contra eles? Essa ausência sugere que seres angelicais não estavam presentes na ocasião. Ignora a terminologia mosaica em Gênesis: Essa crítica tem três aspectos: O uso do termo “anjo” em Gênesis: Em Gênesis o termo em português “anjo(s)” é visto 15x (32x no Pentateuco) e em todas as ocasiões é a tradução do termo hebraico “mal’ak”. O termo hebraico é usado 17x em Gênesis (34x no Pentateuco) e em duas ocasiões se refere a um mensageiro (32.3, 6). Ou seja, todas as vezes que se quis retratar uma figura angélica em Gênesis (e no Pentateuco), Moisés não usou a expressão filhos de Deus, mas usou o termo hebraico para tal: mal’ak. Ora, se Moisés tem um costume de se referir a seres angélicos com esse termo, por que não o fez em Gn.6? O uso da expressão “tomaram para si”: A idéia da expressão não é violentaram, forçaram, ou coabitaram com as mulheres, como se esperaria de espíritos malignos. O termo é usado para descrever uniões matrimoniais. Em Gênesis 11.29, vemos um claro exemplo para isso: “Abrão e Naor tomaram para si mulheres; a de Abrão chamava-se Sarai, a de Naor, Milca, filha de Harã, que foi pai de Milca e de Iscá” (cf. Gn.4.19; Jz.21.18; Rt.1.4). A NIV já assumiu o uso do termo e traduziu assim o verso: “e os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas e então se casaram com qualquer quer uma que escolhessem”. A questão que fica aqui é: Por que razão os anjos caídos iriam oficializar seus relacionamentos? O uso do termo Gigantes: O termo hebraico para gigantes é “nephiyl” e é também usado no Pentateuco em Nm.13.33: “Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos”. Se tais seres são resultados de seres angélicos e humanos, temos que considerar que: (a) ou todos não morreram no dilúvio; ou (b) o evento se repetiu. Entretanto, o contexto deixa claro que nem uma coisa nem outra aconteceram. Portanto, é seguro afirmar que esses gigantes não dependem da “genética angélica”. O suporte neotestamentário é questionável: O uso de passagens neotestamentárias para validar essa opção não é convincente e pode certamente fazer referência a outros eventos. No caso de Jd.6, o texto podemo muito bem estar se referindo a Ez.28, ou Is.14 ao falar da queda de Satanás e dos seres angelicais. Conforme vimos até aqui, tal opção, embora defendida a muito tempo, incluindo cristãos sérios com as escrituras não parece ser a opção mais aceitável. Vamos considerar a outra opção. 2. Filhos de Deus: Descendentes de Sete A opção adota pelo autor é certamente favorecida (em sua opinião) em função do contexto maior de Gênesis. A clara distinção entre as gerações de Sete e Caim e seus feitos sugerem que a intenção de Moisés é demonstrar a distinção entre ambas as genealogias. Entretanto, notamos que o capítulo 6 inicia como um acréscimo ao capítulo cinco e não como um prelúdio ao dilúvio. A distinção parece pequena, mas faz grande diferença. Aos que lêem Gn.6.1-4 como o prelúdio do dilúvio, acreditam que a severidade do juízo de Deus está ligada à perversidade iniciada por seres angélicos. Por outro lado, se Gn.6.1-4 for a conclusão do capítulo cinco, encontramos um cenário parecido com o que Jesus parece ter visto nos dias de Noé: “assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca” (Mt 24.38). Ou seja, os filhos de Deus estavam tomando para si as filhas dos homens (casavam e davam-se em casamento) como demanda o ciclo da vida do homem, e pela multiplicação da humanidade, houve a multiplicação da maldade da humanidade, causadora do dilúvio. Esse simples distinção pode diferenciar o modo como lemos o texto, mas vamos às suas características. Antiguidade do Argumento: Essa interpretação também não é recente nem inovadora. Certamente não é tão antiga quanto a anterior, mas já era observada desde Agostinho, e fez história na história da interpretação cristã, sendo favorecida por Calvino e Lutero. Contexto: “Até aqui no contexto, o contraste tem sido entre a linha de Sete e Caim; cp. 4.26 e 5.22-24 mostra a linha de Sete (Enoque) andando com Deus. A introdução de anjos/demônios nesta altura de Gênesis, especialmente uma referência tão obscura, parece estranho”. O contraste apresentado no capítulo 4 e 5 é agora destruído pelo desejo lascivo do coração do homem. Deve-se notar que a ênfase primária do texto é a descrição da história da humanidade, e claramente se percebe que em Gn.6 há a continuidade dessa tônica: “Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas” (v.1). Essa identificação é favorecida pela continuidade do texto, no qual Deus demonstra sua punição ao homem por sua maldade, e não os seres angélicos. Similaridade com Gênesis: O argumento é visto de dois pontos de vista: Queda: O texto de Gn.6.2 segue em parte os passos da tentação de Eva antes da queda: Ver, tomar, o que é bom, desejável, agradável. Além de termos similares serem usados aqui, o processo sugere uma interação humana e não angélica. A resposta divina em punição em ambos os casos (também similares) demonstram por fato que Deus assim se manifesta com seres humanos. Lameque: A idéia de tomar para si mulheres parece seguir o padrão de Lameque que tomou para si duas mulheres. Mais uma vez, a idéia está diretamente ligada com o coração lascivo da humanidade. A idéia da poligamia aqui não é estranha ao texto, e é uma representação das atitudes da descendência de Caim, o que na descendência de Sete é novo. A expressão “Filhos de Deus”: Moisés usa uma expressão similar a encontrada em Gn.6.2 para descrever pessoas: “Filhos sois do SENHOR, vosso Deus” (Dt.14.1; cf. Dt.32.5). Nessa expressão “filhos do Senhor” (hb. banim YHWH) é uma clara descrição de seres humanos, e nenhuma razão há para se dizer que se trata de seres angelicais. Diversas vezes no AT a nomenclatura de “filho” de Deus faz referência ao povo de Deus (Sl 73.15; Is 43.6; Os 1.10, 22.1). Todas essas designações demonstram que a terminologia não exige a identificação dos filhos dos homens com os seres angélicos, e que o modo mais natural de ser entendido é em referência a seres humanos. A terminologia mosaica: Três aspectos devem ser ressaltados: Ainda que Moisés tenha feito aqui uso de uma expressão que na pena de outros autores foi usada para descrever seres angelicais, esse termo jamais foi usado para descrever demônios. Parece extremamente estranho às Escrituras chamar um anjo caído (demônio) de Filho de Deus. Por outro lado, parece repulsivo e injusto que anjos-não-caídos tenham feito isso sem se tornarem culpados por suas ações, ou sem alguma repreensão de Deus. Moisés quando se refere a seres angélicos usa exclusivamente o termo hebraico mal’ak, como já temos demonstrado. Portanto, é sensato esperar que se quisesse transmitir a idéia de seres angélicos teria usado o termo que lhe é comum. Moisés usa a expressão “tomaram para si mulheres” que é usado normalmente por ele para descrição de casamento (Gn.4.19; 11.29). Entretanto, se o texto tratar de anjos se casando, essa informação está em franca contradição com a realidade angélica, pois eles não se casam nem se dão em casamento (Mc 12.25; Mt 22.30; Lc 20.25). Caráter profilático de Gênesis: Em diversos aspectos o livro de Gênesis é profilático: No que se refere a cosmogonia, Gênesis é uma clara correção ideológica. No que se refere ao conhecimento de Yahweh, como Deus de Israel, Gênesis é um auto-desvendamento de Deus e de suas Obras e Caráter. No que se refere a história do povo de Israel, Gênesis demonstras os perigos do jugo desigual. Embora nenhuma palavra tenha sido demonstrada em favor da preferência de Yahweh pela manutenção da descendência de pessoas que invocavam a Deus, sua vontade é claramente demonstrada em sua punição. O pecado de Lameque é aumentado pelos filhos de Deus, que optam por casar em conformidade com seus desejos lascivos, e não segundo a recomendação de Deus. Essa designação também seria profilática ao povo a quem Moisés escreveu o livro, que sofria os assédios do casamento misto. Pontos Fracos: Embora seja essa a preferência ela também tem suas dificuldades, observe: Definição: Essa interpretação tem dificuldades em restringir o significado de algumas expressões usadas no texto, observe: Filhos de Deus: Um dos problemas dessa interpretação é a definição de “Filhos de Deus” como referência aos descendentes de Caim: Em nenhum lugar essa nomenclatura é usada para descrever os setistas. Não há evidencias contextuais que suportem essa visão: ” Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas” (Gn.6.1). Não há evidências que se encontre uma distinção entre os homens desse verso, usado de modo genérico ou geral, com as filhas dos homens, de modo específico, como sugere a interpretação dos casamentos mistos. Filhas dos homens: Do mesmo modo, não podemos encontrar razões lingüísticas para definir filhas dos homens como um grupo distinto de dentre o todo da humanidade. Observe que Moisés disse que: “Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas” (Gn.6.1). Não existe nenhuma evidência que faça distinção entre as filhas do verso 1 e as do verso 2. Contexto: Observe alguns detalhes importantes: Contraste entre as Genealogias: Nada indica no contexto que todos os descendentes de Sete teriam sido piedosos e que os de Caim teriam sido infiéis. O que o contraste entre as genealogias apresenta entre pessoas de ambas as genealogias e sua relação com Deus. Na verdade, o contraste entre as genealogias está sendo supervalorizado nessa interpretação. Descrição das Genealogias: Em nenhum lugar a descrição da genealogia de Caim apresenta sua descendência como tendo filhos e filhas. Sabemos que existiram filhas, mas se o contraste em Gn.6 exige que as filhas dos homens fossem descendentes de Caim, seria interessante encontrar alguma evidência disso no contexto. Enquanto na descendência de Caim a expressão “filhas” não é utilizada, na de Sete é usada nove vezes. Implicações da Genealogia: A descrição de gênesis demonstra que apenas Noé era alguém justo, embora a descendência de Sete tivesse diversos exemplares no mesmo período. Ou seja, não se pode presumir que toda a descendência de Sete era formada por homens piedosos, como a interpretação sugere. Em função de ser essa a opção adotada pelo autor, alguns comentários em réplica a esses pontos fracos podem ser feitos e sua força pode ser minimizada: Definição de termos: Filhos e Filhas: Os que optam por criticar essa visão estabelecem que a distinção entre filhas dos homens e Filhos de Deus devam ter alguma distinção exegética ou lingüística para basear o argumento. Como não encontram rejeitam a interpretação. Entretanto, deve-se dizer que a distinção não é exegética, mas hermenêutica. Moisés estabelece um claro contraste entre as descendências, como o fará mais a frente com outras genealogias, e tal contraste antecedente ao relato de Gn.6 sugere que tal contraste está se perdendo. Ou seja, essa interpretação exige que os descendentes de Sete não estão tomando seu relacionamento com prioridade, de modo que nos dias de Noé ele apenas era descrito como homem justo. Segundo essa interpretação a decadência do homem atingiu até mesmo aqueles que passaram a invocar a Yahweh. Nada é mais mítico do que pensar que tal descendência exige DNA angélico, e entra em contradição com Nm.13.33, que descreve esses homens novamente. Essa “necessidade” só é vista nos olhos daqueles que precisam enxergar no texto seres angélicos e precisam somar argumentos para se defender. Yahweh e Elohim: Os que criticam essa visão não percebem o uso intercambiável que Moisés faz dos termos Yahweh e Elohim, Portanto, se em Enos se inicia a invocar a Yahweh e em Gn.6 os filhos de Elohim estão se casando com as filhas dos homens, eles não podem fazer parte do mesmo grupo. Se invocar pode ser identificado como “ser chamado pelo nome de Yahweh”, ser filho de Elohim pode se referir a esse grupo. Observe, não há exigência exegética, há possibilidade hermenêutica. Essa distinção é importante para a interpretação. Sobre o Contexto: Supervalorização das Genealogias: Na verdade o contraste entre as genealogias parece supervalorizado para os que defendem outra interpretação, e por isso tendem a minimizar tal contraste. De fato, o argumento é montado sobre o contraste entre as genealogias, mas não de modo a supervalorizar, mas de considerar a seqüência textual: Gn.6.1-4 é um adendo a realidade descrita nos dois capítulos anteriores: é uma breve explicação do que acontecem com o passar de muito tempo, até mesmo os homens fiéis se perverteram. Descrição das Genealogias: Parece ingênuo inferir que pelo fato de Moisés não usar o termo “filhas” na genealogia de Caim, a expressão “filhas dos homens” não pode ser uma referência textual. O valor dessa crítica é numérica: ela soma-se a outras, e portanto, o número de críticas parece maior. Do ponto de vista da hermenêutica desse texto, tal argumento parece irrisório. Implicações da Genealogia: O ponto levantado pelos contrários a nossa visão do texto apresentam exatamente o que pensamos sobre ele: No período de Noé ele era o único justo (pela fé), por isso apenas ele e sua família foram favorecidas por Deus. Esse é o clímax do texto: Até mesmo aqueles que invocavam o nome de Yahweh se extraviaram. Diante da análise de prós e contras, tendo a crer que tal opção é favorecida por questões hermenêuticas e lingüísticas. Entretanto, outros críticos poderiam encontrar nessa apresentação e defesa outros motivos de crítica. Por isso, é recomendável ao leitor municiar-se de comentários e procurar orientar-se diante da palavra de Deus. O alerta de Merkh e Kidner no início dessa análise merece atenção aqui novamente: “Não importa a interpretação adotada, o ponto parece ser o mesmo: o pecado agora está transpondo fronteiras espirituais (sejam celestiais, sejam terrestres). O vírus do pecado virou pandemia!”. “Onde a escritura é tão reticente como o é aqui, Pedro e Judas nos aconselham a retirada. Coloquemo-nos em nosso próprio lugar! Mais importante do que as minúcias desse episódio é sua indicação de que o homem não pode socorrer-se a si mesmo, seja que os setitas tenham traído a sua vocação, seja que os poderes demoníacos tenham conseguido um tento”. É bem verdade que poderíamos encontrar mais opções: Krell sugere mais duas possibilidades: Filhos de Deus como descrição de homens valentes do passado; Filhos dos homens como uma designação de filhos de Adão em termos gerais. A primeira leitura foi defendida por Flávio Josefo (Antig. Cap.3, 10, CPAD, pp.50) e pelo Targun de Onkelos e o supostamente de Jonatas Ben Uzziel. A segunda é bem menos familiar e o próprio autor não apresenta muitas defesas dessa opção. O que é fato, e deve ser lembrado com clareza, é que nenhuma das duas principais opções apresentadas aqui interferem nas linhas gerais do texto: Ambas apresentam o papel devastador do pecado e sua conseqüência no dilúvio. Portanto, apesar da franca preferência do autor aqui pela interpretação da miscigenação, o leitor pode ter por certo que outros comentaristas ainda mais recomendados preferirão outras opções e que tais distinções não são fundamentais para o entendimento geral do texto. Assim, convido o leitor à crítica da minha posição em direção ao entendimento da passagem. Quem são os filhos de Deus e as filhas dos homens? ‘Filhos de Deus’ seriam, naturalmente, aqueles em quem se via refletida a santidade divina, ao passo que ‘filha dos homens’ seriam aquelas consideradas corruptas. Naquela época havia duas raças distintas: os descendentes de Sete (Gn 5.4), e os descendentes de Caim (Gn 4.17). Com lógica, baseado no que foi dito pelo Senhor Jesus em Mt 22.30, os filhos de Deus seriam os descendentes de Sete, e as filhas dos homens, seriam descendentes de Caim. Afinal de contas, o propósito mais amplo da narrativa é traçar os desenvolvimentos da piedosa linhagem de Sete e dos ímpios descendentes da humanidade. Portanto, os filhos de Deus são homens justos na imitação do caráter do seu Pai Celeste, e as filhas dos homens são as mulheres ímpias que eles desposaram.

sábado, 24 de março de 2012

Conheça mais um capítulo da guerra entre Edir Macedo e Valdemiro Santiago



Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
janio-estudosteolgicos.blogspot.com




Meus queridos irmãos a Paz do Senhor!

Veja esta reportagem da Universal acerca do Apóstolo Valdemiro Santiago:

Reportagem de quase 30 minutos da TV Record faz sérias acusações contra o apóstolo Valdemiro Santiago

Uma reportagem exibida pelo programa Domingo Espetacular, da TV Record, fez denúncias contra o apóstolo Valdemiro Santiago, presidente da Igreja Mundial do Poder de Deus. A reportagem, de quase 30 minutos, foi veiculada dias após o bispo Edir Macedo afirmar que perdoava Santiago, desafeto público do proprietário da TV Record.

Na reportagem, foram apresentados documentos de compra de duas fazendas no Mato Grosso, avaliadas em R$ 49 milhões, pela Igreja Mundial do Poder de Deus, e arrendadas pela empresa W. S. Music Ltda., de propriedade de Valdemiro Santiago e sua esposa, Franciléia.

A reportagem explicou que quando uma propriedade é arrendada, o arrendador é quem a movimenta financeiramente, portanto, o lucro da movimentação das 5 mil cabeças de gado das fazendas, que valem aproximadamente R$ 6,5 milhões, é recebido pelo administrador, o apóstolo Valdemiro Santiago.

O tamanho das propriedades soma 26.134 hectares, uma área equivalente ao tamanho de duas cidades de Jerusalém. Cada hectare representa uma área de 10 mil m². O valor das propriedades e do gado, somados, seria suficiente para comprar 10 coberturas em Nova York, ou 20 Ferraris, segundo a reportagem intitulada “O apóstolo milionário”.

Recentemente, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. foi preso por invasão de propriedade, enquanto realizava reportagem investigativa sobre a compra das fazendas pela Igreja Mundial. Na reportagem, a TV Record mostrou em cenas aéreas, a sede da fazenda, uma casa com piscinas e campo de futebol iluminado. Foram mostrados também aviões, helicópteros e carros de luxo que, supostamente, seriam de propriedade de Valdemiro.

Foi também apresentado um trecho de um culto da Igreja Mundial em que Valdemiro alega que as propriedades em que ele e sua esposa “descansam de vez em quando” estão em nome da igreja “mas não custaram um centavo para a igreja”, e que eles não costumam “comprar as coisas com dinheiro da igreja e botar (sic) no nome da gente”.

Outras circunstâncias envolvendo a Igreja Mundial e seu apóstolo também foram mencionadas pela reportagem, como por exemplo, as 59 ordens de despejo contra a denominação somente na cidade de São Paulo, por falta de pagamento de aluguel dos templos.

O jornalista Marcelo Rezende, autor da reportagem, afirmou ter tentado entrar em contato com o apóstolo, porém sem sucesso, e que continuará a investigar a Igreja Mundial do Poder de Deus.

O conflito entre evangélicos no Brasil

Infelizmente hoje nós temos acompanhando uma espécie de “guerra santa” pelos fiéis. Trata-se de uma disputa interna, entre a Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, e a Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada pelo apóstolo Valdemiro Santiago, ex-bispo da IURD, que está arrebanhando milhares de fiéis da antiga igreja.

Nesse cenário não há trégua. De um lado o bispo Edir Macedo tenta alertar os fiéis de sua igreja sobre o suposto caráter dúbio de Valdemiro Santiago. De outro, o apóstolo também faz suas críticas ao líder da IURD. E os fiéis das duas denominações religiosas como ficam? Num fogo cruzado de informações e pré-julgamentos. Onde cada um tende a defender sua denominação.

No último domingo (11), o bispo Edir Macedo, publicou em seu blog pessoal, o relato de um obreiro da IURD sobre a IMPD. No texto o membro da IURD desabafa: “De tempos em tempos, alguns integrantes da Igreja Mundial me procuram para tentar me convencer a abandonar minha fé. Cansei de apenas ouvir aquele discurso repetitivo, sempre falando mal da IURD, dos pastores e do bispo Macedo, e decidi inverter o jogo.” Disse o membro da IURD para o da IMPD.

Continua - “O último que me procurou foi um vizinho, ex-obreiro do Cenáculo onde sirvo a Deus há 21 anos. Antes de ele começar a falar, o interrompi e disse: — Igreja Mundial, é? Então me responda: Por que os pastores de lá são os que foram expulsos da IURD por roubarem ofertas, traírem as esposas ou cometerem outras barbaridades? Todo mundo conhece pelo menos um pastor que saiu pelas portas dos fundos da IURD e está lá, cheio de pose. Como confiar na pregação deles? Como acreditar na unção deles?” Indagou.

 Veja agora a contra posição do Apóstolo Valdemiro Santiago:

O Apóstolo Valdemiro Santiago aproveitou o espaço que aluga na Rede TV! Para fazer duras críticas à liderança da Igreja Universal do Reino de Deus e a Rede Record de Televisão, após ter a imagem de IMPD atacada pela Universal nas últimas semanas

O apóstolo Valdemiro Santiago rompeu o silêncio e resolveu falar contra a Igreja Universal do Reino de Deus que nas últimas semanas divulgou uma série de vídeos denegrindo a imagem da denominação e afirmando que ele estava possuído por demônios. Alguns vídeos com esses dizeres foram postados no Youtube e mostram uma ministração do líder da Igreja Mundial do Poder de Deus rebatendo a todas as acusações feitas pela IURD.

“Você acredita em Deus ou no demônio?”, questiona o fundador da igreja que mais cresce no Brasil. Santiago responde dizendo que curas e milagres somente Deus pode fazer se baseando no livro de Lucas 7:18 a 21.

“Não se iluda, não existe uma religião no mundo, não tem um pastor, nem apóstolo, nem bispo, nem padre (…) ninguém no mundo está credenciado a fazer isso se Deus não o credenciar”, disse. Em uma dos vídeos da IURD uma pessoa supostamente endemoniada disse que era o diabo quem operava os milagres da IMPD.

Em outro vídeo, do mesmo programa, o apóstolo acusa membros da Igreja Universal de entregarem um DVD com ele na capa e dentro conter as imagens desses vídeos onde pessoas endemoniadas dizem que Valdemiro é possuído por demônios. Santiago diz que o caso aconteceu no Ceará que até um boletim de ocorrência foi feito e que abrirá um processo contra a IURD.

“Estão apelando de mais, tudo bem que eles estão desesperados porque não tem mais povo para arrancar dinheiro”, disse ele comparando os cultos das duas igrejas, em uma é mostrado curas, milagres e transformações e na outra o que ele classifica como “palhaçada”.

Em um terceiro vídeo Santiago aparece já falando abertamente que estava se referindo a Igreja Universal e diz que enquanto muitos pastores precisam alugar programação na TV, eles que possuem uma emissora, mas usam o dízimo dos fiéis para patrocinar programas seculares que não falam do Evangelho.

Agora independente de igreja. Vamos refletir na orientação bíblica para quem quer ser um verdadeiro cidadão dos céus: “SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte? Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração.

Aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhum opróbrio contra o seu próximo; A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao SENHOR; aquele que jura com dano seu, e contudo não muda. Aquele que não dá o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será abalado.” (Salmos 15:1-5).

A posição pessoal na condição de Ministro de Deus entendo que nem todo o que diz Senhor, Senhor entrará no Reino dos céus, mas, aquele que faz a Vontade de Deus (Mt 7.22) O Senhor Jesus diversas vezes nos advertiu pedindo cautela quanto ao surgimento e a multiplicação dos falsos profetas nos últimos dias que antecedem a sua vinda.

Compete a cada um de nós: Olhar, vigiar e orar para não cair nas tentações de tais pessoas.

Como disse Gamaliel se estes homens não forem de Deus não subsistirá; no entanto se forem ao perseguí-los poderemos se achar lutando contra Deus.

Naquele grande dia o Senhor virá dará a recompensa a cada um segundo as suas obras.

Que Deus tenha misericórdia de cada um de nós e nos guarde em nome de Jesus, amém!

domingo, 11 de março de 2012

Realmente descia um anjo no tanque de Betesda?



Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor!

Vamos nesta oportunidade meditar na Palavra de Deus no Evangelho de João 5.1-15 que diz:


(V.1) Depois disso havia uma festa dos judeus; e Jesus subiu a Jerusalém.


(V.2) Ora, em Jerusalém, próximo à porta das ovelhas, há um tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco alpendres.


(V.3) Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados [esperando o movimento da água.]



(V.4) [Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; então o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.]



(V.) 5 Achava-se ali um homem que, havia trinta e oito anos, estava enfermo.




(V.6) Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim havia muito tempo, perguntou-lhe: Queres ficar são?




(V.7) Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que, ao ser agitada a água, me ponha no tanque; assim, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.



(V. 8) Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.



(V.9) Imediatamente o homem ficou são; e, tomando o seu leito, começou a andar. Ora, aquele dia era sábado.




(V.10) Pelo que disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito.



(V.11) Ele, porém, lhes respondeu: Aquele que me curou, esse mesmo me disse: Toma o teu leito e anda.



(V.12) Perguntaram-lhe, pois: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito e anda?



(V.13) Mas o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se retirara, por haver muita gente naquele lugar.



(V.14) Depois Jesus o encontrou no templo, e disse-lhe: Olha, já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.




(V.15) Retirou-se, então, o homem, e contou aos judeus que era Jesus quem o curara.





A cidade de Jerusalém sempre foi muito importante por ser considerada à cidade sagrada. Por judeus, cristãos e muçulmanos.




Nessa cidade havia uma fonte de água que ficava próximo da “porta das ovelhas”, ou seja, próximo a um mercado de animais. Talvez por essa cidade, ser reconhecida como sagrada, e, portanto, mística.




Nasceu a história de que essa fonte possuía águas miraculosas. Dizia-se que um anjo vinha do céu uma vez por ano, agitava as águas e o primeiro doente que mergulhasse, seria curado.





Muitas pessoas se aglomeravam aguardando um milagre. Na verdade uma multidão de pessoas inválidas: cegos mancos e paralíticos.




Foi construído nessa fonte um pavilhão para abrigar tanta gente, este possuía um alpendre com cinco pavimentos. O lugar foi denominado, ironicamente, de Betesda – que em hebraico significa “casa de misericórdia”.






“Conta-se que muitas famílias, para se verem livres dos doentes, os abandonavam nos alpendres do tanque de Betesda. Os ricos compravam escravos para os ajudarem a entrar nas águas.




Alguns alugavam as bordas mais próximas, que possibilitavam melhor acesso. Todos queriam o seu milagre e, lógico, os mais abastados, sagazes e famosos, se sentiam perto da graça”.






É óbvio que se os mais abastados ficavam nos lugares de melhor acesso para entrar na água, os pobres e miseráveis ficavam sempre no fundo do pavilhão, sempre por último.






Eu sei que é difícil, mas imaginemos a situação: Um lugar que se acreditava que um anjo descia uma vez por ano, mas ninguém sabia a data exata.






De repente alguém grita: “o anjo agitou as águas”, e a confusão estava feita, doentes se jogando por todos os lados na tentativa de ser o primeiro a entrar, e novamente aconteceu que, ninguém sabe ao certo quem foi o primeiro e, portanto, não houve cura. Mais um ano de frustração.






Jesus em uma de suas visitas á cidade de Jerusalém, resolveu ir até o tanque de Betesda e diante de toda essa situação deplorável, ele desviou sua atenção dos mais ricos, dos mais capazes e dos que menos precisavam da cura; dirigiu-se para um dos cantos esquecidos de Betesda e encontrou um homem que esperava por seu milagre há trinta e oito anos.





Jesus aproximou-se do paralítico e perguntou: “você quer ser curado?”. O paralítico respondeu o que era óbvio: “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim”. Nesse mesmo instante Jesus curou o paralítico e este começou andar.







As pessoas afirmavam que o anjo descia até o tanque anualmente, mas ninguém sabia a data exata. Irrequietos, os doentes mais hábeis saltavam, esporadicamente, para se anteciparem ao anjo. A confusão era constante. Os que se sentiam melhor, corriam pelos corredores gritando “aleluia” e outros, nervosos e frustrados, desmentiam os milagres. Vez por outra, levantavam-se profetas prevendo o dia preciso em que o anjo visitaria o local.




Certos doentes jaziam por anos e anos em total mendicância, esperando o momento da cura que não chegava nunca. O estado de alguns era deplorável. Escaras cheiravam mal e piolhos podiam ser vistos a olho nu nos cabelos de certas mulheres.




Diante dessa realidade tão perversa, Cristo passou ao largo dos mais capazes, dos mais ricos e dos que menos precisavam de cura; dirigiu-se para um dos cantos esquecidos do tanque de Betesda e encontrou um homem que esperava por seu milagre há trinta e oito anos. Ninguém sabe seu nome, mas, com certeza era um pobre; sua família, ocupada com a sobrevivência, se esquecera dele fazia algumas décadas.




Jesus aproximou-se do paralítico e perguntou: “Você quer ser curado”? Ele respondeu dentro da lógica que aprendera: “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim”. De um só fôlego, Jesus ordenou: “Levante-se, pegue a sua maca e ande”. Imediatamente o homem pegou a maca e começou a andar.




A passagem de Jesus pelo tanque de Betesda aconteceu num sábado, o dia sagrado dos judeus, porque ele tinha um propósito: mostrar que a religião se preocupa, prioritariamente, com a sua estabilidade. Os religiosos sobrevivem da ilusão e não têm escrúpulos de gerar falsas expectativas em pessoas fragilizadas.




Quando aquele senhor abandonou o tanque de Betesda com a sua maca nas costas, Jesus deixou uma mensagem para a cidade de Jerusalém: "Os milagres que procedem de Deus não premiam quem souber se mostrar hábil, santo ou rico – Deus não faz acepção de pessoas, nem busca transformar os espaços religiosos numa corrida desenfreada pela bênção onde só os mais fortes sobrevivem".




O tanque de Betesda é metáfora que lembra a humanidade que Deus olha graciosamente para os desfavorecidos, para os que não têm a menor possibilidade de se safarem dos torniquetes perversos da injustiça, para os mais indefesos – órfãos e viúvas, por exemplo.




Cristianismo deve, portanto, assumir o compromisso de continuar visitando os campos de exilados (Darfur), as clínicas de Aids (África do Sul), as periferias miseráveis das grandes cidades (Brasil) para anunciar a mais alvissareira de todas as notícias: Deus não se esqueceu dos pobres.






 Descoberta arqueológica


A Jerusalém do século I a.C. reunia vários elementos das culturas anteriores, como babilônicos, persas e helênicos, que as tinha conquistado. O helenismo profundamente difundido pela alta sociedade encontrava forças nas suas bases culturais principalmente quando estava relacionado à cura de doenças, estas eram entendidas pelos povos semíticos como provenientes de demônios crença essa difundida desde períodos remotos.




O culto desenvolvido no Tanque de Betesda possuiu uma referência no texto bíblico atribuído a João em um período posterior a destruição de Jerusalém mais precisamente na década de 90 d.C. fato esse discutido por historiadores atuais que buscam a comprovação de um Jesus Histórico e que utilizam de textos joaninos para buscar tal referência. Segundo o professor doutor André Chevitarese:




“a passagem de João 5:1-9 diz respeito a um individuo com problemas de saúde, de movimento, que está há anos com esse problema, tentando entrar na piscina de Betesda. Jesus se aproximar dele e o cura, sem que ele precise entrar nessa piscina. Isso é a leitura (teológica) do texto.





Mas, essa piscina, descoberta quando da ampliação de uma casa no contexto de Jerusalém no final do século XIX, foi escavada em meados do século XX.




Para surpresa dos arqueólogos, alguns dados vieram à tona: o primeiro deles é que essa piscina faz parte de um complexo ligado ao santuário de Serápis (Asclépio) que era o deus associado à cura.



Ela tem muito pouco (pelo menos o que foi escavado) haver com o ambiente estritamente judaico. Talvez, por isso, Jesus não mandou o homem mergulhar na piscina; ele o curou ali mesmo na borda.




Este era um santuário do deus da cura, Asclépio, e parece ter muito mais relação com as guarnições multiétnicas romanas estacionadas em Jerusalém, o que não quer dizer que ele também não possa ter atendido a judeus helenizados”.




O helenismo provocou uma intensa troca cultural, que veio a provocar grandes modificações na estrutura religiosa do povo judeu, entre esses elementos podemos assim observar a presença de cultos de deuses estrangeiros, enraizados no imaginário do povo que, como exemplo pode observar o aglomerado de pessoas que utilizavam o Tanque de Betesda fato esse comprovado pelos achados arqueológicos, o sitio arqueológico encontrado possuía mais de 5.000 m2 a importância das construções indica que se tratava de lugar público.




O local foi encontrado durante as reparações e escavações da Basílica Santa Ana em 1888 pelo professor arqueólogo, Dr. Conrad Shick, localizado atualmente no bairro Mulçumano em Jerusalém, no século I, segundo o historiador Flávio Josefo esse bairro era chamado de Betesda o Tanque ficava próximo da Porta das Ovelhas e da Fortaleza Antônia englobado pela terceira muralha construída inicialmente pelas ordens do rei Agripa I (41-44 d.C.), muralha essa que teve sua construção embargada pelo Imperador Claudio no ano de 44 d.C. e finalmente completada no ano de 66 d.C. pelos judeus revoltosos.






 Tanque de Betesda tornou-se Centro Cultural Jerusalém


Foram encontradas no local colunatas do estilo romano e uma pintura de um anjo agitando as águas que segundo os especialistas responsáveis pelo achado comprovam que essa pintura é do período dos imperadores romanos cristãos, fato esse comprovado pelos profissionais químicos atuais, responsáveis por estudos mais profundos utilizando a técnica do carbono 14.




Os romanos reutilizaram a estrutura e a aumentaram consideravelmente. Acrescentaram cisternas, bancos nas salas cobertas e, possivelmente, um altar para sacrifícios. O lugar era claramente um santuário onde se tomavam banhos de cura, sob a proteção de Serápis, como mostra as peças arqueológicas descobertas.




Afrescos murais representando a cura; ex-voto comemorando as duas funções de Serápis (curas e salvamentos no mar); moedas reproduzindo a efígie de Serápis e da deusa Hígia, filha de Esculápio; uma representação mostrando Serápis como serpente com a cabeça de homem barbado.




O Tanque de Betesda ficava localizado próximo a uma fonte que segundo registros, já tinha a função de abastecimento desde o período de Salomão como os mapas utilizados pela autora Karen Armstrong. A primeira menção de ocupação da atual área de Jerusalém, remonta do século X a.C. pelo povo Jebuseu nesse período não tinha referências de águas subterrâneas a parte ocupada pelos Jebuseu se resumia a um elevado bem protegido e com a fonte de Gion.






 Qual o verdadeiro sentido do tanque de Betesda?


Contudo, constatamos que, o tanque nada mais era que uma espécie de “Aparecida do Norte” de sua época. Judeus que acreditavam em algo obviamente inexistente.





Um homem amparado pelo Senhor da misericórdia (6-9).
Desanimado por não ter ajuda; mas, que em Jesus encontrou forças;



 Diariamente, as pessoas que tinham enfermos em casa, os traziam e os depositavam ali como se fosse lixo. Alguns até ficavam de acompanhante, outros mais abastados pagavam escravos para que servissem seu parente doente. Jesus, o Senhor da cura, estava na “Casa da Misericórdia”, mas não foi percebido, pois preocupados consigo mesmos, estavam à espera do movimento das águas.





 Neste ambiente competitivo havia muita discussão e brigas. Os mais fortes eram privilegiados. Este homem, sem ter ninguém que o ajudasse era sempre o último. Estava sempre em último lugar.




Então Cristo lhe perguntou “Queres ser curado”? A pergunta de Jesus poderia parecer obvia, mas não era. Pois, o perigo da dor prolongada é desistir da cura e ir levando do jeito que dá.



 Por ter esperado tanto tempo sem que ninguém o ajudasse entrar na água, bem que poderia ter perdido a esperança na cura.




Foi assim que Jesus o encontrou. Desamparado, apático, desanimado e decepcionado com o mundo.



Talvez a esperança pudesse ter dado lugar à mágoa e a falta de recurso o levasse a por a culpa nos outros. Mas Jesus, que sempre foi amigo e sempre ajudou aquele que carece de ajuda, foi seu amigo. Jesus foi a sua força. Com Jesus ele se levantou. “Jesus lhe disse: Levanta te, toma o teu leito e anda.





Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar”.
Jesus o curou sem pedir nada em troca, apenas por sua Graça e misericórdia.




No terceiro momento vemos:
3. Um homem abençoado após receber a misericórdia (10-18)
Que passou a incomodar o mal; mas, que em Jesus encontrou direção.






 Jesus sempre disse que veio para aliviar a dor e a tristeza do necessitado. Para ele, até outras tarefas poderiam ser deixadas de lado (como no caso de Marta e Maria), mas a de compadecer-se do próximo não se poderia deixar.




Por isso ele ajudou sem se importar se era sábado. Quanto ao homem, quando estava doente ninguém se importava com ele, mas depois de passaram a persegui-lo.




Qualquer veria aquela ocasião para a alegria e o agradecimento. Mas, sempre tem “os do contra”. Aqueles que o olhavam o brilho de Jesus com inveja. Para estes, um homem andando com uma cama nas costas era um prato cheio para as criticas.




Os religiosos judeus chegaram a conclusão que quem levasse uma agulha ou alfinete em sua roupa era pecador. Por isso, o homem foi advertido pelos judeus por estar carregando o leito no sábado.



Porém o homem rejeitou a advertência ao responder: ”Quem me curou disse: Toma o teu leito e anda”. Era como se dissesse: “se ao cumprir a ordem recuperei a saúde, como pode essa ordem ser errada”?






 O mal passou a persegui-lo, mas em Jesus ele obteve a direção. Mais tarde, quando Jesus encontrou o homem no templo lhe disse: “Já que está curado não peque mais para que não lhe aconteça algo pior”.




Este conselho de Jesus tem sentido, pois havia no intimo do coração Judaico uma premissa: “toda enfermidade do homem vem pelo pecado do homem, se, o homem foi curado seria porque seu pecado foi perdoado”. Por outro lado sempre houve gente que usou o amor, o perdão e a graça de Deus como desculpa para pecar.




Sempre houve aqueles que pecavam confiando na abundância da graça (Rm 6.1-18). Por isso, este homem, agora curado, poderia argumentar: “bom já que eu encontrei alguém que me libertou do pecado e me curou, posso continuar pecando e conseguinte sendo curado”.




Então, além da cura Jesus também dá a direção. Porém, antes ele não sabia que o havia curado, agora ao saber teve que relatar para as autoridades.




Então os religiosos foram a procura de Jesus para ouvirem dele a defesa. A defesa de Jesus foi surpreendente.



“Meu Pai não deixa de trabalhar no dia de sábado”. Certo autor comentou: “Durante o sábado o sol brilha; os rios correm; as pessoas nascem e morrem como durante qualquer outro dia; tudo é a obra de Deus”.



Jesus disse: “Se o Pai dá amor e misericórdia todos os dias; como não darei”.




Ao mesmo tempo em que um ato de misericórdia de Jesus é capaz de conquistar pessoas para a fé também faz com que os adversários se enfureçam.





O verdadeiro sentido desta mensagem é totalmente relacionado ao fato de Jesus estar passando por ali. Se Jesus não passasse por Betesda, a mesma nem mesma seria inclusa ao texto bíblico, mas de fato os autores notaram a importância desta mensagem, a qual poderia nos ajudar muito nos dias de hoje!





Enquanto o povo ficava de hora em hora esperando por um movimento nas águas, (os quais não relatam de fato ter tido êxito em curas) o próprio Deus andava entre eles. Enquanto seus olhos estavam fixados num tanque em busca de uma cura física, a própria Cura andava entre eles.



Isso demonstra o quanto o povo apegava-se nos valores físicos, procurando a necessidade de materializar algo para que pudessem acreditar na cura.





Jesus mostra que as velhas práticas somente têm valor histórico, Ele muda todas as coisas.


Jesus mostra-nos que os sacrifícios do Antigo testamento não são mais necessários. Não existe mais a necessidade de mergulhar sete vezes para receber a cura, é simples, puramente simples, apenas levante e ande!






Até hoje temos visto o povo que padece por esperar em algo que nunca lhe proporcionará realmente um milagre. Tantos como aquele aleijado assentados a beira de uma lenda, esperando com que ela se torne verdadeira.



O paganismo vem cegando vidas em torno de todo o mundo. Dentro da própria Igreja podemos enxergar tudo isso!


A intenção e fundamento deste texto não é fazer com que sua fé seja amornecida ou apagada, o verdadeiro sentido deste texto é levar a sua fé na direção correta.





Direcione sua fé naquele que anda em nosso meio até os dias de hoje, o verdadeiro Cristo que está vivo para sempre! Deixe de esperar que alguém te ajude á levantar quando Jesus já está estendendo suas mãos em seu favor á muito tempo! A verdadeira oportunidade não era daquele que se lançava nas águas após o movimento dela, a verdadeira oportunidade era daquele que lançava-se nos braços de Cristo o verdadeiro Salvador.


Você já teve esta oportunidade hoje? Então o que faz aí parado?


LEVANTE-SE E ANDE!


Jesus provou que o deus da cura não é Esculápio e sim Ele mesmo, o Senhor Jesus! Amém!

Deus se arrepende ou não?



Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
profjaniotiraasduvidas.blogspot.com



Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor!
Será que Deus se arrepende?

Como é o arrependimento de Deus?

O arrependimento divino é semelhante ao humano?

Seria um erro de transliteração?

È sobre este assunto que estaremos tratando e tirando as suas dúvidas.

Vamos acompanhar!

 Veja estas referências bíblicas:

• (Ml 3:6) "Eu, o Senhor, não mudo.

• (Nm 23:19) Deus não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa.

• (1Sm 15:29) Aquele que é a Glória de Israel não mente nem se arrepende; pois não é homem para que se arrependa...".

 Veja estas outras referências aonde Deus Volta atrás e se arrepende?

• (Êx 32:14) "Então o Senhor se arrependeu do mal que dissera havia de fazer ao seu povo.

• (Gn 6:6-7) Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e isso lhe pesou no coração (...) pois me arrependo de os haver feito. (Jn 3:10) Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria, e não o fez.

• (2Rs 20:1-7) Ezequias adoeceu e o profeta Isaías disse: Assim diz o Senhor: Põe a tua casa em ordem, porque morrerás e não viverás. Ezequias orou ao Senhor e chorou muitíssimo. Então o Senhor fez Isaías voltar e falar para Ezequias que tinha ouvido as orações e o curou"

• (Gn 18:23-33) Abraão consegue convencer a Deus que não deveria destruir a cidade de Sodoma se lá encontrasse pelo menos 10 justos. No início todos seriam destruídos, justos e ímpios, mas com a interferência de Abraão, que demonstrou ser um excelente argumentador, o Senhor amoleceu o coração e passou a ser mais condescendente. Dos 50 justos que havia falado anteriormente, se conformou em procurar apenas dez.

• Sobre o assunto: Deus não é homem para mentir.

Tudo o que Deus faz é perfeito e bom, o homem é que foi injusto para com seu Criador.

Gênesis- 6:7- E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.

Jeremias. 15:6 – Tu me deixaste, diz o SENHOR, e tornaste-te para trás; por isso estenderei a minha mão contra ti, e te destruirei; já estou cansado de me arrepender.

A Palavra de Deus é irrevogável, quer dizer não volta atrás.

DEUS É JUSTIÇA. Toda a Palavra de Deus se cumpre.

Quando analisamos tais declarações no original. O verbo usado para o “arrependimento” de Deus é : Lenahêm, dando a idéia de “pesar o coração”.

Já o verbo usado para o homem é Lashúv, significa voltar, arrepender-se. É o equivalente a palavra grega no Novo Testamento metanóia (Mt 3.2) – mudança de mente, conversão, arrependimento.

O arrependimento humano envolve fracasso moral, derrota e nos desvia do alvo. Deus é Todo-Poderoso, mas é flexível quando as circunstâncias humanas se aliam com a sua santidade e propósito, como no caso do povo de Nínive (Jonas 3:10).

Para Deus é o verbo nahêm (pesar o coração) e não Lashúv (para o homem), que envolve arrependimento de fracasso moral. Deus é perfeito e nele não há pecado.

Veja abaixo a diferença entre os verbos: nahêm (para Deus) e Lashúv para o homem. (Gn 6.6)

(Jl 2.12)

Deus não tem do que se arrepender. Ele é Santo, não há nEle injustiça.

É o homem que tem que se arrepender. É o povo que é cheio de maldade, injusto e cruel.

E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Deus está dizendo: Se o homem se arrepender, voltar-se para Ele e consertar o que fez de errado, ele é perdoado ( 2 Cr 7:14).

O povo estava sofrendo por causa das suas própria maldades para com Deus. Traziam sobre si mesmo a maldição, pragas, doenças e enfermidades, o espírito da maldade estava sobre eles, por causa da desobediência à Palavra de Deus.

Mudar de atitude não significa a mudança estrutural de quem Ele é. Uma leitura pausada mostra isso em Êx 32.14; Gn 6.6-7 e 18.23-33; Jn 3.10; 2 Re 20.1-7; e 1 Sm15.35.

Deus se arrependeu de ter Ungido Saul como Rei! Por quê?

Desobedeceu a Deus e, por isso, foi rejeitado por Ele (1Samuel. 13: 15). Tentou, por inveja, matar Davi (1Samuel. 16:26) e, no final, cometeu suicídio (1Samuel. 31).

Porquanto, deixou de me seguir, e não cumpriu as minhas palavras. Então, o profeta Samuel se contristou, e toda a noite clamou ao SENHOR. Samuel clamou por justiça, não agüentava mais a crueldade do rei Saul e Deus se arrependeu. E retirou o Espírito da Unção dele, e nele entrou um espírito a quem ele servia, um demônio, que o levou a praticar sua própria morte.

Temos muitas passagens na Palavra de Deus, que pelo clamor de um homem justo assim como Abraão clamou pelo povo de Sodoma e Gomorra várias vezes, Deus lhes respondeu: Se tiverem homens justos na cidade, ela não será destruída…(Gn18:24 -28 – 19: 28 a 31)

Foi destruída por causa da maldade dos seus próprio moradores.

O que é Perdão? É voltar atrás, arrepender-se, consertar-se do que fez de errado. Não adianta o homem chorar diante de Deus, clamar pelo perdão, pedir cura ou libertação, se não perdoar o seu próximo, continuará na sua maldade!

Jesus Cristo já morreu perdoando nossos pecados. Agora falta o arrependimento individual de cada um de nós e o perdoar ao nosso próximo, reconciliar com nossos ofensores. O arrependimento do homem para com o homem é primordial para a salvação.

Se perdoar o seu próximo, Deus perdoará você também.

(Lc 17:4) E, se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; perdoa-lhe. Isto é o conselho de Jesus, levar a todos ao arrependimento das práticas da maldade. Temos o conhecimento que Deus não se agrada do mal.

Deus amou tanto os seres humanos, ao ponto de perdoar seus pecados num ato de sacrifício tão grande, que jamais se arrependeu.

O homem não poderá nem se quer pensar que Deus foi injusto para com ele. Deus fez de tudo para que o homem venha se arrepender de seus atos de maldade, para que seja perdoado e receba a salvação.

A Bíblia afirma que agindo Deus quem impedirá? Apesar se o Senhor agir livremente como bem quer em função da sua soberania e toma as suas decisões baseadas sempre no seu ato de justiça. Se o homem peca Ele o castiga, mas, se nesse ínterim o homem se arrepende O Senhor inverte a sentença.

Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus, amém.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Os gays devem ou não ser tratados?


Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
profjaniotiraasduvidas.blogspot.com

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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor!

Veja só! O grupo da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLBT), representado por Tony Reis,está tentado fazer barulho e confundir a mente dos parlamentares e da sociedade brasileira.

Já que os Parlamentares evangélicos propõem a regulamentação da cura gay por psicólogos

Após a polêmica em torno da psicóloga cristã Marisa Lobo, a Frente Parlamentar Evangélica está propondo um projeto de decreto legislativo para suspender dois artigos do código de ética do Conselho Federal de Psicologia que proíbem os psicólogos de emitir opinião pública e de tratar a homossexualidade como um transtorno.

O deputado João Campos (foto), do PSDB de Goiás, presidente da Frente Parlamentar Evangélica e autor do projeto afirmou que quando o Conselho Federal de Psicologia elaborou seu código de ética, em 1999, “extrapolou seu poder regulamentar” ao “restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional”, de acordo com informações da Folha.
O presidente do Conselho Federal de Psicologia entende que o decreto legislativo não tem poder sobre o órgão, e afirma que o código possui normas elaboradas para combater uma “intolerância histórica”, em relação aos homossexuais.

Para o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLBT), Tony Reis, homossexualidade não deve ser objeto de tratamento e o que precisa ser curado é a “síndrome de patinho feio”, pois para ele, o que leva um homossexual a buscar tratamento psicológico é o preconceito.

O relator do projeto, o deputado e pastor Roberto de Lucena (PV-SP) é cruel deixar “um homem em conflito” sem orientação de um psicológico. Ele defende que o projeto seja debatido em audiências públicas, após a análise da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.

Fonte: Gospel+

Vejam as explicações do deputado evangélico:

Projeto de deputados evangélicos não propõe cura, mas a possibilidade de tratamento para gays

O deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) explicou que o projeto apresentado pelo deputado federal João Campos (PSDB-GO), do qual era relator, não tinha como objetivo a cura de homossexuais, mas o tratamento, uma vez que a Resolução do Conselho Federal de Psicologia estabelece normas em relação à questão da orientação sexual.

Para Lucena a forma como a mídia divulgou o Projeto de Decreto Legislativo 321/2011 foi preconceituoso, pois olharam o projeto de um ângulo específico para acusar os deputados, que são evangélicos, de preconceituosos.

O deputado, que faz parte da bancada evangélica, se refere ao termo “cura gay” como foi divulgado o projeto. Na verdade o objetivo é defender o direito da pessoa de pedir ajudar se ela desejar fazer um tratamento a respeito de sua orientação sexual.

“Nenhum paciente, seja ele homossexual, heterossexual, bissexual, transexual, assexual, ou que tenha qualquer outra orientação sexual, deve ser cerceado do direito psicológico, quando voluntariamente buscá-lo, com o objetivo de mudar a sua orientação”, diz nota enviada pela assessoria de Lucena.

No parágrafo único do Art. 3º e o Art. 4º, da Resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 1/99 de 23 de Março de 1999, fica estabelecido as normas de atuação que os profissionais da área precisam seguir quando o paciente quiser tratar sobre sua orientação sexual que não é mais caracterizada como doença.

Ao propor o decreto legislativo os deputados entendem que antes o tema precisa ser debatido em audiências públicas onde profissionais da saúde, psicólogos, juristas e de pessoas que buscam tratamento psicológico nesta área possam apresentar suas idéias sobre a matéria.

Lucena deixa claro que o decreto não tem como objetivo curar gay, pois não se trata de uma doença, mas sua proposta tem como prioridade proporcionar aos psicólogos garantias e condições para atenderem as pessoas que os procuram por estar insatisfeitas e desejam, voluntariamente, mudar de opção sexual.

Acompanhe comigo agora a íntegra da entrevista com a psicólogia Marisa Lobo:

Direitos Humanos Homossexuais podem ser tratados sim, afirma Psicóloga Marisa Lobo.

Curar gay não é possível, por não ser doença, mas aliviar conflitos psíquicos gerados, e atender o desejo do cliente inclusive de mudança de orientação sexual, isto podemos. A resolução 01/99 tem sido mal interpretada.” Garante psicóloga Marisa Lobo.

O CFP faz terrorismo com os psicólogos e a sociedade quando, nas entrelinhas, deixa claro em tom de ameaça, como fizeram comigo, que Homossexuais não podem ser tratados.

Entendo e concordo que como doença não podemos porque, se a Organização Mundial de Saúde (OMS) determinou que não é uma doença, quem somos nós para não concordar? Porém devemos levantar uma questão muito séria que tem sido negligenciada, e tem ficado velada como algo proibido, censurado de se dizer.

A sociedade acadêmica, em todas as áreas, tem recebido informações manipuladas, conforme desejos e interesses de alguns militantes que mais parecem políticos, do que profissionais de saúde mental.

Criou se uma falsa idéia, um mito, de que a homossexualidade não pode e não deve ser tratada e quem, por insatisfação, por não aceitação de sua própria condição, orientação e ou opção tentar mudar, ou tratar esta realidade diatônica, por assim dizer, estará incorrendo em um crime.

Lembrei-me agora do termo alienação parental onde um dos pais, para garantir o pátrio poder sobre seu filho, aliena a criança colocando inscrições falsas em seu cérebro, difamando o outro lado deste relacionamento, criando, com esta alienação, uma subjetividade mentirosa que acaba se tornando uma verdade fabricada, ou seja, uma situação falsa é gerada e aceita como verdadeira, prejudicando a criança em sua estrutura emocional para o resto da vida. Mas, quem se importa? o alienador não se preocupa pois o que vale é seu direito de poder sobre o outro, e seus interesses escusos, nunca os sentimentos e desejos desta criança em si.

Em cima de uma inverdade de que a resolução proíbe tratamento para homossexuais, e quem ousar tratar será cassado, por exemplo, criou se um silêncio em torno do assunto, que virou um mito e tabu, e ninguém ousam questionar.

Pois bem, sem medo de ser cassada, e nem tão pouco estar induzindo ao erro e ou a preconceito, mas apenas como informação, posso afirmar que a resolução diz que não podemos tratar a homossexualidade como doença, sim, como se segue – “artigo 3:

Neste sentido proíbe os psicólogos a realizar qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas e proíbe os psicólogos de adotarem ações coercitivas tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.”

Entendam que a expressão “não solicitados” quer dizer que, se o paciente não solicitar, não posso tratar é uma máxima. Por outro lado também deixa claro que, se for solicitado pelo paciente, por qualquer motivo que seja desde que seja seu desejo, este será por mim respeitado.

Se a demanda for do paciente deve sim, o profissional, ajudar a diminuir o sofrimento psíquico e fizer a vontade do paciente, ainda que esta vontade seja mudar sua orientação sexual quer de homo para hétero, ou de hétero para homo. Não importa, pois, se importar para mim, estarei eu impondo valor um juízo. Certo?

A Resolução não impede os psicólogos de atenderem pessoas que queiram reduzir seu sofrimento psíquico causado por sua orientação sexual, seja ela homo ou heterossexual.

A proibição é claramente colocada na adoção de ações coercitivas tendentes à cura e na expressão de concepções que consideram a homossexualidade doença, distúrbio ou perversão.

Diz Odair Furtado em 2003 quando era presidente do Conselho federal de Psicologia Publicado em vários sites inclusive no portal http://portugalgay.pt/politica/brasil01.asp

Podemos, sim, tratar do sofrimento psíquico de qualquer paciente, seja ele quem for. A resolução 01/99 tem sido mal interpretada impondo um valor e um juízo falsos pois, desde que foi criada, nunca respeitou a vontade do paciente e sim impôs uma unilateralidade obrigatória e, é claro, o movimento GLBTT, hoje com a ajuda do CFP, por interesses políticos e ou financeiros de alguns até mesmo para manter sua existência, tem reforçado de maneira ostensiva e agressiva inventando essa mentira, desrespeitando o cidadão.

Esse cidadão em questão pode ser gay, mas não pode querer ser heteros? Eu me pergunto por que um homossexual insatisfeito com sua condição não pode tentar mudar de orientação? E se um heterossexual quiser mudar, ele pode? O preconceito da imposição e o desrespeito a constituição no artigo 5ª e no artigo 18 da Declaração dos Direitos Humanos é visível, não está sendo respeitado, e ninguém questiona por que os fabricantes de opiniões estão na mídia sugestionando diariamente toda uma nação a acreditar numa mentira.

Como psiquiatras e psicólogos, conhecedores de saúde mental, sabemos das angústias e enfrentamentos como sujeitos de alguns transtornos gerados por nossa sexualidade e, de modo geral, temos sim que reconhecer algumas lutas interiores, e deve o psicólogo, por ética não impondo valor "moral", dar todo o acolhimento sem medo de quaisquer represálias, pois é direito do cidadão.

Furtado ainda reforça – “Os psicólogos não podem, por regra ética, recusar atendimento a quem lhes procure em busca de ajuda.” Por isso é equivocada qualquer afirmação de que os psicólogos estão proibidos de atenderem homossexuais que busquem seus serviços, incluindo a demanda de atendimentos que possam ter como objeto o desejo do cliente de mudança de orientação sexual, seja ela hétero ou homossexual.

No entanto os psicólogos não podem prometer cura, pois não podem considerar seu cliente doente, ou apresentando distúrbio ou perversão.

Por pressões, e medo de serem cassados, nos últimos 10 anos professores universitários passaram a falsa idéia de que os homossexuais não podem ser tratados por psicólogos quanto a sua sexualidade, porque não existe reversão - o que não podemos é tratar como doença, como patologia, como perversão no sentido moral ,porém não só podemos tratar, como não podemos negar ajuda. Está no código de ética.

A manipulação deste fato tem trazido sofrimento a muitos homossexuais que querem tentar ao menos buscar ajuda, por não se aceitarem, não apenas pela igreja, pela religião como querem inconseqüentemente afirmar os militantes gays e profissionais irresponsáveis, que como observamos claramente estão infiltrados em todas as universidades, nos movimentos políticos humanistas, e socialistas totalitários, militantes de bandeiras ideológicas disfarçadas de direitos humanos, impondo essa mentira que tem impedido muitos insatisfeitos de buscar uma ajuda profissional.

O que não entendo é que são normas que devem ser seguidas para aceitação de homossexuais, pela sua orientação, mas quando alguns não aceitam a sua orientação não podem no entendimento dos defensores destes movimentos totalitários ditadores, querer tentar reverter. É no mínimo paradoxal.

Direitos humanos são para todos, quando grupos organizados e ditadores militantes lutam pelo relativismo, tentando explicar direitos somente pela ótica da realização pessoal de desejos, por exemplo, deixa de lado a questão social familiar, se esquecendo que vivemos em uma sociedade multilateral, e que estes direitos quando são imputados apenas para alguns são inconstitucionais.

Eles usam essa bandeira ideológica apenas para afrontar aos que eles chamam de conservadores, fanáticos, mas eles mesmos se perdem no meio de tanta manipulação.

A questão aqui é de direitos humanos, de ser o que se deseja, e de ter oportunidade de reverter sua sexualidade, se não está feliz com ela. Sabemos que é complexo, que depende de muitos fatores que não podemos discutir aqui de forma leviana.

É assunto para terapia apenas no seting terapêutico que, dependendo da sintonia, da identificação da história de vida do sujeito, de seus modelos, de seu aprendizado e seu desejo e vontade interior, etc, mas ele pode fazer mudanças sim, se superar, mudar seu scripte de vida, mudanças tais ainda não conhecidas por nenhum profissional. Não subestime a capacidade de mudança do ser humano, pois não é humano fazer isso. Não temos este direito.

Sei que muitos profissionais sofrem, por não poderem se expressar, por não saberem como agir. A minha luta é a favor da vida, e contra o preconceito, e entendo essa militância do CFP, e do GLBTT como inconstitucional, pois privilégios geram preconceitos, devemos lutar juntos pela verdadeira democracia, incluindo o direito de professar a fé, de escolher sua condição ou continuar com ela, ou querer mudar é direito de todos.

Não quero ser mártir apenas, lutar dignamente pelos direitos de todos em igualdade, pois a bandeira dos direitos humanos não pode ser usada como bandeira ideológica das minorias contra as maiorias apenas.

Direitos Humanos são multilaterais

Isso é justiça.
Marisa Lobo Psicóloga é Cristã.

Veja agora o que a Bíblia diz sobre a prática sodomita:

O homossexualismo não é doença, e na Bíblia ele é descrito como até mais do que um pecado: é uma perversão e abominação diante de Deus. Não sou eu quem afirma isso, mas o mesmo livro que você tem aí consigo e costuma ler. Veja bem que estou a referir-me à prática, não à pessoa do homossexual.

Deus ama cada pessoa, independente de como ela seja, mas não ama práticas que são contrárias à Sua própria natureza. É importante que você entenda isto, pois a primeira reação que temos contra Deus é a de tentarmos defender-nos de algo que Ele condena, achando que não somos amados. O testemunho abaixo é de alguém que conheceu este amor:

A Bíblia está cheia de passagens que condenam tal prática. Os homens de Sodoma queriam conhecer os anjos que se hospedaram na casa de Ló. Daí vem a palavra "sodomita" que é o homem que procura outro homem para possuí-lo como a uma mulher. Tanto o que faz o papel de homem como o que faz o papel de mulher estão a pecar e a cometer uma abominação:

"Não haverá prostituta dentre as filhas de Israel; nem haverá sodomita dentre os filhos de Israel. Não trarás o salário da prostituta nem preço de um sodomita à casa do SENHOR teu Deus por qualquer voto; porque ambos são igualmente abominação ao SENHOR teu Deus.... Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é... Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação" Dt 23.17; Lv 18:22; 20:13

Em algumas traduções, ao invés de "sodomitas" a expressão usada é "rapazes escandalosos", "rapazes alegres" (daí usar-se a palavra inglesa "gay" que significa "alegre"), "prostitutos cultuais" ou "prostitutos sagrados" (porque os israelitas tinham incorporado o sexo nos rituais religiosos, como faziam os pagãos) (1 Reis 14.24; 15.12), e os homossexuais são novamente citados no Novo Testamento, em Romanos 1.26,27,

tanto com respeito ao homem como à mulher (lésbicas, lesbianismo), prevendo aí um juízo que cairia sobre seus próprios corpos, sem contudo identificar especificamente que juízo seria esse:

"Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro." Rm 1:26,27

Há homens claramente efeminados (com características femininas), de nascença, modo de criação ou devido a um excesso de hormonas femininas, que se casam, têm filhos e são felizes como homens. Devemos lembrar que o homossexualismo é tratado, na Bíblia, não apenas como um pecado, mas como uma abominação. O que pratica um ato sexual condenado por Deus é culpado daquele pecado, não importando se tenha alguma tendência fisiológica para tal.

Isto porque são necessários alguns passos até se chegar ao ato, passos estes que poderiam ser evitados se a pessoa simplesmente quisesse evitá- los. Uma pessoa nascida no meio de bandidos e assaltantes pode ter a tendência de se tornar um bandido e assaltante, mas isto não a isenta da culpa se vier a praticar um crime.

(Aliás, o crime é praticado em qualquer classe social e a grande maioria das pessoas pobres são pessoas honestas, não se valendo da desculpa da pobreza para poderem roubar). A nossa carne certamente se inclinará para o mal, pois a Palavra de Deus diz que "a inclinação da carne é inimizade contra Deus" (Rm 8.7).

Aquele que é nascido de novo tem uma nova vida e possui o Espírito Santo a habitar em si. Este dar-lhe-á vitória contra qualquer tendência natural da nossa carne. Se acharmos que a inclinação da nossa carne deve ter livre curso, então temos que dar livre curso também aos outros desejos que brotam no coração de todos, ou seja, de praticarmos o que bem entendermos, matando, roubando, ferindo e praticando todo o tipo de torpeza.

Talvez alguém diga que é diferente de matar ou roubar, pois não faz mal aos outros, que os homossexuais são cidadãos que podem viver uma vida respeitável, que devem ser respeitados . Sim, é verdade. Conheço homossexuais que são muito mais honestos e respeitáveis do que muita gente que vive com a Bíblia debaixo do braço.

Além disso, de acordo com as leis que temos na maioria dos países tal prática não pode ser comparada àquelas que costumamos enxergar como crimes contra o ser humano e a sociedade, e em alguns lugares tratar um homossexual com discriminação pode ser considerado crime.

Mas não é esta a questão que está a ser tratada aqui, não me propus a escrever aqui de como os homens enxergam isso ou aquilo, mas de como Deus enxerga e diz em sua Palavra. E se você crê que a Bíblia é a Palavra de Deus, convém analisar a prática sob esse ponto de vista, ou descartá-la de vez para ter a opinião pública ou sua vontade própria como bússolas da sua vida. A responsabilidade é sua e é você quem terá de prestar contas de seus atos a Deus.

Entenda que o que escrevo aqui não é uma crítica à pessoa homossexual, mas à prática da homossexualidade, e também não estou a basear-me no modo como a sociedade aceita ou deve aceitar determinadas práticas. Não sou melhor do que qualquer pessoa e jamais poderia colocar-me na posição de juiz.

Eu mesmo sou susceptível a qualquer prática mais ou menos prejudicial ou contrária à Palavra de Deus e, como todo e qualquer ser humano, estou incluído na condenação genérica da qual a Bíblia fala e que coloca todos nós na mesma condição: pecadores necessitados de um Salvador. Portanto, não são seres humanos falhados que devemos tomar como referência, mas o que Deus diz na Sua Palavra.

"Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer... Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só... Não há temor de Deus diante de seus olhos... para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus... Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus... Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus." Rm 3

Evidentemente, a tendência na sociedade será cada vez mais de aceitação das diferentes inclinações sexuais, sob a alegação de se tratar de opção pessoal e não implicar em dano à sociedade como um todo.

Até mesmo as leis tenderão a reconhecer uniões do mesmo sexo como válidas para preservar os direitos das pessoas envolvidas, como acontece em qualquer sociedade entre duas pessoas. São questões civis legisladas por homens e que acabarão definidas pelos legisladores e serão obedecidas pelos cidadãos.

Obviamente nisso não se inclui a idéia do casamento gay defendida por alguns, já que isso seria uma triste caricatura de uma instituição divina criada para o relacionamento entre um homem e uma mulher para, entre outras coisas, auxílio mútuo, procriação e, principalmente, representar Cristo e a Sua noiva, a Igreja.

Portanto, o ponto aqui não é o que a sociedade aceita, o que as leis dizem do ponto de vista de uma relação civil entre duas pessoas ou o que as pessoas querem fazer por escolha própria. O ponto é: Deus aceita a homossexualidade como algo normal para Ele? Não. Deus pode amar um ateu, mas não irá amar o ateísmo, contrário à Sua própria existência. Ele pode amar o homossexual, mas não irá amar o homossexualismo, contrário ao Seu plano original da Criação:

Disse Jesus: "Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem." Mc 10:6-9

Assim como Deus faz, devo amar e respeitar todas as pessoas, independente do estilo de vida ou preferência sexual que escolheram, mas isso não implicará que eu deva aceitar ou concordar com suas práticas ou com o modo de vida que escolheram. Você queria saber o que a Bíblia diz do homossexualismo e eu não poderia amenizar o que encontro ali.

Lembre-se de que qualquer verdadeiro cristão deve proceder como o Senhor Jesus procedeu quando andou neste mundo: Ele sempre amou o pecador e detestou o pecado. Todas as pessoas devem ser amadas como Deus as ama independente de seu modo de vida.

Mas amá-las não implica em aceitar seu modo de vida, promíscuo e abominável.

Que Deus tenha misericórdia de cada um de nós e nos guarde de todo o mal em nome de Jesus, amém!