segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O Ministro da Palavra de Deus pode ser solteiro?


Publicado em: 16/1/2012
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
janio-estudosteolgicos.blogspot.com




Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor!

Em um primeiro nível, isso é simplesmente um fato – um fato atestado pelo artigo e as estatísticas apresentadas por todas as denominações virtualmente não católicas. Comitês de busca de pastores, refletindo os sentimentos das congregações, claramente preferem um pastor casado com uma esposa e filhos.

E, entretanto, além do fato incontestável que essa é, de fato, a realidade, ainda jaz a questão de que se tal coisa deve ser assim.

Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?

; Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo.

O ensino paulino torna evidente que o candidato ao episcopado deve ter um bom testemunho diante dos membros da igreja e também os que não são da igreja.

A primeira qualificação do bispo que encabeça a lista das outras é que ele tem que ser irrepreensível. No grego é “Anepilemtos”, que significa literalmente “não tirar proveito de”, daí “irrepreensível” ou “inexpugnável”.

O líder cristão tem de ser um homem contra o qual não se possa fazer qualquer crítica. O termo grego é empregado em relação a uma posição que não está exposta a ataque, ou seja, não deve apresentar nenhum defeito óbvio de caráter ou de conduta, na sua vida passada ou presente que os maliciosos, seja dentro, seja fora da igreja, possam explorar para desacreditá-lo.

Os líderes não podem estar acima das limitações do próprio caráter. Liderar é ter o caráter que inspira confiança. O Bispo deve ser uma pessoa plenamente confiável em seu proceder.

A Segunda qualidade exigida do Bispo é que seja marido de uma só mulher. Alguns intérpretes sugerem:

1. O Pastor não pode ser polígamo;

2. Não pode se casar de novo se a esposa falecer;

3. Deve ser fiel a uma só mulher;

4. Não pode ser solteiro;

5. Não pode casar-se, pois a igreja seria a Esposa, e isto exige o celibato pastoral.

As interpretações 1 e 3 são as que se fundamentam na Bíblia. Todavia, no contexto podemos ter a certeza de que significa que ele é um marido fiel que mantém os seus votos conjugais e santidade do lar cristão.

Por que isto é assim? Paulo deixa claro que tudo isso faz parte da credibilidade do ministro, “porque se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?” Evidentemente a habilidade de liderar uma família é um sinal importante da habilidade de cuidar da família da fé.

 Vamos acompanhar alguns comentários

• Broadman – O que exatamente isso significa permanece em disputa. Cinco interpretações têm sido sugeridas:

(1) Fiel à sua única esposa;

(2) casado com uma esposa de cada vez, isto é, monógamo;

(3) casado só uma vez, isto é, não recasado depois de um divórcio ou a morte da esposa;

(4) nunca divorciado e

(5) necessariamente casado.

Apesar de Paulo ter se oposto àqueles que proibiam o casamento, a última opção contradiria seus pontos de vista em 1 Coríntios 7 onde ele desencoraja o casamento "por causa da angustiosa situação presente".

A antiga tradição contrária ao novo casamento tenderia a favorecer o terceiro ponto de vista, mas o encorajamento dado a Paulo ao segundo casamento de viúvas em 5:14 depõe contra. A natureza genérica das instruções faz com que o primeiro ou o segundo pontos de vista sejam os mais prováveis. Poligamia tanto entre os judeus como entre os gentios era extremamente comum; infidelidade no casamento era quase que um hábito pagão. Paulo insiste em fidelidade ao laço matrimonial.

• D. A. Carson - Em alguns aspectos essa é a mais difícil ou disputada qualificação da lista. Ela tem sido interpretada de diversas formas. Alguns pensam que significa que este homem deve ser casado - que ele deve ser um marido. Essa interpretação é altamente improvável. Está claro que Paulo não era casado, pelo menos naquele momento da vida dele, e certamente o Senhor Jesus nunca foi casado.

Em 1 Co 7, Paulo reconhece que há certas vantagens em ser solteiro no ministério. (...) Assim há vantagens em ser solteiro no ministério, e a condição de solteiro não deveria ser menosprezada. É altamente improvável que esse texto, então, estipule que um presbítero tenha que ser casado.

Algumas pessoas acham que esse verso sugere que o presbítero / pastor / bispo é proibido de casar-se novamente, se, por exemplo, sua primeira esposa falecer: ele deve ser o marido de só uma esposa, diria essa interpretação, não importa quanto tempo ele ou ela vivam. Mais uma vez, isso também é improvável.

Em Romanos 7, Paulo insiste que não há nada desonroso em casar-se novamente, casando-se com um cônjuge cristão, depois que o primeiro faleceu. Certamente ele não dá nenhuma indicação de que tal passo é inconcebível no caso de um presbítero.

Alguns acreditam que esse verso ensina que um ancião não pode ser um divorciado que recasou. A Bíblia certamente adverte de várias formas contra o divórcio. Mas também é muito importante não fazer do divórcio o pior pecado no horizonte, o pecado imperdoável, o pecado contra o Espírito santo.

Alguns tentaram impor uma proibição contra qualquer um que já tenha estado divorciado em algum momento da sua vida de tornar-se ministro do evangelho. Assim, ele poderia ter sido um assassino, e então pago a dívida dele à sociedade, saído da prisão e ter sido convertido e ter se tornado um ministro do evangelho.

Mas se ele já esteve divorciado, ele não pode entrar no ministério - o que de alguma forma projeta uma imagem do divórcio como sendo o pecado imperdoável. O ponto em que o divórcio desqualifica uma pessoa para o ministério, me parece, está ligado a uma categoria que nós já discutimos: "um presbítero deve ser irrepreensível".

É algo ligado à credibilidade; ou, ainda, um pouco mais adiante, "ele deve governar bem sua própria casa." Há uma preocupação quanto a alguém cuja vida rachou no seu matrimônio, e então, três meses depois, sente-se qualificado para estar de volta ao ministério.

Mas alguém diria que ele se arrependeu, afinal de contas, e o evangelho é sempre algo relacionado ao perdão, não é? A Bíblia claramente tem algo mais severo a dizer do que isso. Divórcio não é o pecado maior, nem é o pecado imperdoável, contudo pode desqualificar uma pessoa para o ministério precisamente pelo tanto que destrói da credibilidade dela. Há mais que eu poderia dizer, mas o divórcio simplesmente não é o tema dessa qualificação.

Algumas pessoas interpretam esse versículo de forma que ele signifique que um ancião não deve ser um polígamo; ou seja, não pode ser alguém que se casa com duas ou mais esposas. As pessoas contestam essa interpretação dizendo que ninguém na igreja cristã teria se casado com duas ou três esposas; assim por que isso deveria ser estipulado? Além disso, se discute que no primeiro século a poligamia não era algo tão comum.

Por que então estabelecer essa restrição particular? Entretanto, pode ser mostrado que havia mais poligamia no primeiro século do que algumas pessoas pensam, especialmente nas classes sociais em que as pessoas se sentiam acima da regra comum. Herodes o Grande teve dez esposas. Bem, ele não as teve todas de uma vez porque ele assassinou duas delas, mas ele teve várias ao mesmo tempo. (...) Mas na igreja, é o contrário: poligamia o desqualifica para a liderança.

(...) Até onde vai o assunto de que Paulo trata aqui - o tema da poligamia - os polígamos estão simplesmente excluídos. Uma das razões é que, na Bíblia, o casamento é apresentado não só como uma instituição social, mas como um modelo, um "tipo", da relação entre o Cristo e a "sua noiva", a igreja - e Cristo não tem muitas noivas, muitas igrejas.

O matrimônio é um tipo da relação entre Cristo e o seu povo, a igreja. Assim há algo a ser modelado a respeito de Cristo e da igreja, pelo marido e pela esposa, e assim por uma estrutura de matrimônio não só caracterizada por fidelidade e integridade, mas também pela monogamia. De qualquer forma, Paulo exclui o polígamo da possibilidade de ser pastor / bispo / presbítero.

• Jamieson, Fausset e Brown – refutando o celibato do sacerdócio romano.

Apesar dos judeus praticarem poligamia, ele está escrevendo para uma igreja gentílica, e como a poligamia nunca foi permitida nem mesmo entre leigos na igreja, a antiga interpretação que a proibição aqui é contra a poligamia em um candidato a bispo não está correta.

Deve, portanto, significar que, mesmo que leigos possam se casar novamente de forma legítima, seria melhor que candidatos ao episcopado ou presbitério fossem casados somente uma vez. Como em 1 Tm 5:9, "esposa de um só marido", implica em uma mulher casada uma única vez; portanto "marido de uma só mulher" aqui deve significar a mesma coisa.

O sentimento que prevalecia entre os gentios, bem como entre os judeus (compare com Ana em Lc 2:36-37), contrário a um segundo casamento, teria feito com que Paulo, baseado na conveniência e conciliação em coisas indiferentes e que não envolvessem o comprometimento de um princípio, colocasse uma proibição no caso daqueles que ocupassem uma posição tão proeminente como bispo e diácono. O concílio de Laodicéia e os cânones apostólicos desaprovavam segundos casamentos, especialmente em caso de candidatos à ordenação.

É claro que, como o segundo casamento era legítimo, o seu caráter indesejável só se sustenta sob circunstâncias especiais. Está implícito aqui também, que aquele que tem uma esposa e uma família virtuosa é preferível a um solteiro; porque aquele que está obrigado a desempenhar os deveres domésticos mencionados aqui, tem uma probabilidade maior de ser mais atraente para aqueles que têm compromissos semelhantes, porque ele os ensina não só por preceito, mas também pelo exemplo (1 Tm 3:4,5).

Os judeus ensinam que um sacerdote não deve ser nem não casado, nem sem filhos, para que não seja inclemente . Portanto, na sinagoga, "ninguém deve apresentar uma oração em público, a não ser que seja casado.

Um ensino semelhante é encontrado em Tito 1.5-9:

Por esta causa te deixei em Creta, para que pusessem em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei: Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes.

Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; Mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.

Mais uma vez a expectativa normativa é a de que o pastor seja um homem casado com uma esposa e com filhos cristãos. Isso não significa que um ministro solteiro não seja “irrepreensível”, mas enfatiza uma posição padrão de casamento dentro do contexto que não apenas afirma o fato, mas também o coloca dentro do contexto macro das qualificações do pastor.

Por que isso? Além do que já foi afirmado, o pastor casado tem a proteção de uma esposa, o status de um líder no lar, a realização da relação marital, e, assim, a liberdade de se relacionar com a congregação como alguém que já está comprometido dentro do pacto do casamento e que é capaz de servir como um modelo para outros homens dentro da congregação e da comunidade que observa.

Então, o que dizer do ensinamento de Paulo em 1 Coríntios 7 acerca do celibato? Há duas passagens importantes dentro deste capítulo que abordam diretamente a questão:

Digo, porém, isto como que por permissão e não por mandamento. Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra. Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu. Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.(1 Co 7.6-9)

E bem quisera eu que estivésseis sem cuidado. O solteiro cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor; Mas o que é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar à mulher. Há diferença entre a mulher casada e a virgem.

A solteira cuida das coisas do Senhor para ser santa, tanto no corpo como no espírito; porém, a casada cuida das coisas do mundo, em como há de agradar ao marido. E digo isto para proveito vosso; não para vos enlaçar, mas para o que é decente e conveniente, para vos unirdes ao Senhor sem distração alguma. (1 Co 7.32-35).

Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. (Mt 19.12)

Há naturalmente grande honra direcionada aqui para aqueles que conseguem viver sem esposa pelo amor do evangelho. Paulo descreve o serviço deles, assim como o seu, indivisível em interesse. Um homem casado deve estar preocupado acerca de como agradar sua esposa, ao passo que o homem solteiro não possui tal preocupação, tendo, portanto, mais liberdade para servir ao Senhor naquilo, conforme Jesus deixou claro, que é o serviço por amor do reino do céu.

Mas isso não é uma frase generalizada afirmando a prioridade do solteirismo, mas em vez disso, afirma um estado de celibato inflexível (não abrasar) pelo amor do serviço ao reino.

Note que esta passagem é endereçada a todos os cristãos, não especificamente para ministros. Indubitavelmente, um cristão solteiro com o dom do celibato é mais livre para o serviço do evangelho e posicionamento na Grande Comissão do que um pastor casado.
Mas Paulo não está se contradizendo, e seu conselho acerca dos pastores permanece.

Pediram o meu conselho e orientação acerca do assunto, e eu o apresentei em resumo. Eu mantenho minha posição. Eu não tenho o direito nem autoridade textual para afirmar inequivocamente que um pastor não possa ser solteiro (no sentido de nunca ter sido casado), mas eu posso aconselhar que a lógica de 1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.5-9 levará a maioria das congregações a ter uma expectativa bastante clara, e esta expectativa também refletirá nas intuições das congregações.

Eu também posso oferecer minha experiência pessoal. Fui chamado para o pastorado de uma pequena igreja do interior quando eu estava noivo e prestes a casar. Essa doce igreja assumiu o risco com um seminarista jovem que estava ansioso para se casar e ansioso pelo dia do casamento.

Posso testificar que meu ministério foi transformado no momento que apareci no fundo da igreja com Mary, minha esposa. Minhas relações com os membros de ambos os sexos alcançaram um nível muito mais natural, e isso foi amplificado com os casados de todas as idades. Quando os filhos vieram, meu ministério posteriormente foi aprofundado e ampliado.

Minha experiência não é normativa, a Bíblia é. Contudo, minha própria experiência me ajuda a entender a lógica destes textos-chave do Novo Testamento. Conheço inúmeros homens e mulheres solteiros que estão servindo o Reino de Cristo com distinção e dedicação. Também sou grato pelo comprometimento e serviço deles. Mas isso não muda o fato de que quando a Bíblia fala do ofício de ensino na igreja, ela fala de um homem que espera-se que seja casado.

Qual seria o cargo ministerial deste "homem" que a Bíblia se refere?! Não há especificações de posições! Dirige-se a todo homem de um modo geral. Em outra passagem, o apóstolo Paulo aconselha:

"Ora, quanto às coisas de que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher". (1 Co 7:1)

E Paulo ainda diz mais claro:

"Contudo queria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um deste modo, e outro daquele. Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu". (1 Co 7:7,8)

O apóstolo não ditas regras. Nem que deve, nem que não se deve casar. Ele mesmo aconselha também que se não consegue conter-se, que se case, por causa da prostituição. Mas se refere ao "homem", e ainda diz mais claro, a "todos os homens". Independente de ser pastor ou não.

Me impressiona alguns ainda afirmarem seguramente que o apóstolo Paulo era solteiro mas não pertencia ao "ministério". O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, responde a esta dúvida:

"Dou graças àquele que me fortaleceu, a Cristo Jesus nosso Senhor, porque me julgou fiel, pondo-me no seu ministério". (1 Tm 1:12).

É um dito verdadeiro que, se um homem deseja ser pastor,tem uma boa ambição. Porque um pastor deve ser um homem bom, contra cuja vida não se possa falar nada.

Deve ter apenas uma mulher, e deve ser trabalhador incansável,cuidadoso, ordeiro, e cheio de boas obras. Deve ter prazer de receber hóspedes em casa, e deve ser um bom mestre da bíblia. Essas são as máximas fundamentais para se exercer a função pastoral.

O apóstolo Paulo escreve essa carta para um jovem chamado Timóteo.
Paulo afirma que se alguém sem exceção de estado civil casado ou solteiro deseja a função de pastor estar desejando um excelente trabalho.

O apóstolo não restringe essa função exclusivamente aos casados. Ele diz se alguém deseja (1Tm3:1) Esse alguém subentende-se que pode ser solteiro ou casado. Uma vez que essa pessoa preencha os requisitos de uma função pastoral.Até por que, ele escreve essa carta para um líder solteiro.

O que o apóstolo enfatiza é que o pastor não pode ser se quando casado marido de mais de uma mulher; coisa essa que era normal para os princípios pagãos daquela época. Ele condena nesse texto a poligamia uma vez que Deus estabeleceu para o homem a monogamia.

Quando há um jovem solteiro com vocação pastoral que é um trabalhador incansável na obra de Deus é cuidadoso, ordeiro é uma pessoa de boas obras é hospedeiro é um bom mestre da bíblia não é um cristão novato e é um cristão bem conceituado pelos de fora da igreja; Eu não vejo motivo nenhum para esse jovem solteiro não exercer a função em debate.
As pessoas precisa entender que não somos nós que escolhemos ser "pastores" somos escolhidos por Deus.

Ser pastor não é uma opção que a pessoa escolhe na igreja; É um chamado de Deus pra nossas vidas.
Ele mesmo (Deus) concedeu uns para apostolo,outros para profetas, outros para evangelista e outros para pastores e mestres.(Ef 4:11)

Ser pastor é um dom natural que vem de Deus; portanto os dons de Deus são irrevogáveis. Ninguém pode tirar esse dom da pessoa que Deus lhes outorgou ainda que seja solteira.
Aqui vai uma orientação para os pastores quer seja casado ou solteiro.

Não te facas negligente para com o dom que há em te...Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de quer se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.(1tm 4:14ª;2Tm2:15)

Finamente, devo concluir dizendo que o ideal é que o líder evangélico seja casado, pois, ele terá mais legitimidade e confiança principalmente por pessoas de sexo oposto. Este deva ser o padrão aconselhável para os Pastores e líderes de rebanho.

A Igreja católica ao longo da história insiste em não autorizar o casamento dos seus líderes, só que os escândalos vêm se repetindo sucessivamente.

O que nos resta é fechar todas as brechas para o maligno não operar.

Que Deus nos abençoe e nos guarde no seu grandioso amor, em nome de Jesus, amém!

A aliança entre cantores gospel o governo e a mídia é bênção ou maldição?


Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
profjaniotiraasduvidas.blogspot.com



Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus. A Paz do Senhor!

Vejam a seguinte manchete:

 Dilma sanciona lei que reconhece música gospel como manifestação cultural

Terça, 10 Janeiro 2012 12:00

Lei Rouanet vai beneficiar eventos religiosos de música Gospel
Foi sancionada a lei 12.590/12, que altera a lei Rouanet (8.313/91) para reconhecer a música gospel e os eventos a ela relacionados como manifestação cultural.

A presidente Dilma Roussef sancionou lei que altera a Lei Rouanet para estender os benefícios da renúncia fiscal à música religiosa.O texto inclui, no escopo da Lei Rouanet (legislação que define o leque de atividades culturais passíveis de financiamento público), o artigo 31-A, que estabelece o seguinte: Para os efeitos desta Lei, ficam reconhecidos como manifestação cultural a música gospel e os eventos a ela relacionados, exceto aqueles promovidos por igrejas.

Assina conjuntamente com a presidente o ministro da Cultura interino, Vitor Paulo Ortiz Bittencourt. Na prática, significa que megaeventos de música gospel poderão ser subsidiados com verbas do tesouro nacional, o que suscitou temores, entre produtores culturais, de mais uma concorrência desleal pelos recursos da Lei Rouanet.

Atualmente, os pequenos produtores já se queixam que o incentivo a grandes institutos bancados por bancos ou mega empresas drena os recursos e também dificulta a busca por patrocínios.

Embora o texto da presidente impeça a realização de megaeventos promovidos por igrejas (como showmissas e cultos em estádios), abre a possibilidade de que empresas ligadas ao segmento religioso possam usufruir da renúncia fiscal - em geral, usando recursos vultosos.

"Foi uma decisão sábia, que vai fazer justiça a esse importante movimento cultural, de católicos e evangélicos. Vai estimular ainda mais a difusão da música religiosa no Brasil", disse Paulo Fernando.

Havia uma preocupação do Ministério da Cultura em relação ao projeto. Um receio de exploração religiosa. O ministério elaborou um parecer que recomendava prudência e demonstrava uma preocupação com a exploração religiosa dessa decisão.

Veja o texto legal abaixo.

________

LEI Nº 12.590, DE 9 DE JANEIRO DE 2012
Altera a Lei no 8.313, de 23 de dezembro de 1991 - Lei Rouanet - para reconhecer a música gospel e os eventos a ela relacionados como manifestação cultural.

A P R E S I D E N T A D A R E P Ú B L I C A
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º A Lei no 8.313, de 23 de dezembro de 1991, que restabelece princípios da Lei no 7.505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC) e dá outras providências, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 31-A:

"Art. 31-A. Para os efeitos desta Lei, ficam reconhecidos como manifestação cultural a música gospel e os eventos a ela relacionados, exceto aqueles promovidos por igrejas."

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 9 de janeiro de 2012; 191o da Independência e 124º da República.

DILMA ROUSSEFF

Parece uma maravilha! No entanto veja o que está amarrado na Lei:

Com isso, cantores gospel e promotores de eventos com esse tipo de música poderão receber os benefícios da Lei Rouanet. No entanto, para receber os benefícios da lei, os eventos não podem ser promovidos pelas igrejas.

Da Agência Brasil

Quanto à mídia, recentemente a Globo fechou um contrato com os principais cantores evangélicos, no entanto eu encontro pelo menos 4 razões pelas quais não assist o Festival promessas:

1- A motivação da Rede Globo de televisão é exclusivamente financeira. É sabido que os evangélicos são os que menos pirateiam CDS e DVDS. Um publico deste tipo é interessantíssimo, o que contribui para o desejo platinado de adentrar em um mercado tão promissor.

2- A briga com a Record. A Rede Globo nitidamente resolveu polarizar com a Rede Record tentando trazer para o seu lado milhões de evangélicos decepcionados com a TV de Edir Macedo. Na verdade, o objetivo final da emissora carioca é audiência, dinheiro e novos negócios além é claro de esvaziar a audiência da concorrente.

3- O famigerado show business evangélico. Os shows evangélicos afrontam o nome de Deus. Em nome de um cristianismo tosco, cantores comercializam a fé fazendo da adoração ao Senhor um grande e bom negócio.

4- A indústria do entretenimento gospel. Em nenhum momento nós vemos nas Escrituras qualquer tipo de mandamento ou instrução por parte do Senhor de que a Igreja deveria promover entretenimento.

A Igreja foi chamada para glorificar a Cristo e pregar o Evangelho da Salvação Eterna. Ao fazer de Deus seu instrumento de lazer e descontração, a Igreja peca contra o terceiro mandamento tomando o nome do Senhor em vão.

No início do cristianismo foi assim mesmo até o ano 313 da era cristã fomos perseguidos, posteriormente surgiu a aliança com o Estado e a Igreja naufragou espiritualmente.

A TV Globo jamais deu espaços para os evangélicos agora estranhamente pagos para divulgar os cantores gospel. Parece uma orquestração entre o governo e a mídia com o mesmo ideal de isolar casa vez mais tais cantores de suas Igrejas tornando-os presa fácil do inimigo.

Não podemos esquecer que este sistema global apoiou a ditadura militar e vem controlando a política brasileira colocando quem lhes interessa.

Afinal, depois desses esclarecimentos eu lhe pergunto: A aliança entre cantores gospel o governo e a mídia é bênção ou maldição?

Que Deus tenha misericórdia dos cantores evangélicos que preferem receber aquilo que o nosso Senhor rejeitou que foi a fama da mídia e a glória dos homens. Amém!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Conheça os quatro diferentes Tiago da Bíblia


Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
janio-estudosteolgicos.blogspot.com



Conheça os quatro diferentes Tiago da Bíblia (1) Tiago, o filho de Zebedeu, é um dos doze Apóstolos escolhidos e nomeados por Cristo (Mt 10:2), é irmão do apóstolo João (Mt 10:2) (à parte do qual nunca é mencionado). Juntamente com este e com Pedro, foi especialmente íntimo do Senhor Jesus (Mt 17:1; Mr 5:37; 9:2; 14:33), e foi martirizado por Herodes (At 12:2).

(2) Tiago, o filho de Alfeu (ou Cléopas, ou Clopas) e de Maria (a irmã de Maria, a mãe de Jesus, Jo 19:25), é primo de Jesus, é um dos doze Apóstolos escolhidos e nomeados por Cristo (Mt 10:3), é irmão de José (Mr 15:40), e é chamado de "Tiago, o Menor" (em estatura) (Mr 15:40).

(3) Tiago, o IRMÃO DO SENHOR (Mt 13:55; Mr 6:3; Gl 1:19 (NÃO está escrito que este Tiago é apóstolo!)). Tal como todos os irmãos de Jesus, não creu nEste durante Sua vida na terra (Mr 3:21; Jo 7:5), andou enciumado e antagonizando-O (Jo 7:3-8) e longe dEle (Mr 3:31-32), mas, após a ressurreição, Cristo lhe apareceu (1Co 15:7) e, somente então, ele e todos seus irmãos se arrependeram, creram, e ajuntaram-se aos discípulos (Acts 1:14). Veio a ser o líder da assembléia em Jerusalém (At 12:17; 15:13; 21:18; Gl 1:19; 2:9,12).

(4) Tiago, irmão do apóstolo Judas (Lc 6:16; At 1:13). Este Tiago não é apóstolo, nem é irmão de Jesus (porque este Judas não é irmão de Jesus, nota Mt 10:4).

A maioria dos evangélicos parte da não provada (e improvável) suposição de que a epístola de Tiago foi escrita bem próximo do ano 62 (quanto Tiago o irmão de Jesus foi apedrejado), portanto depois de Paulo ter escrito Gálatas (ano 52) e Romanos (ano 58) e Efésios (ano 61). Esta falsa suposição foi herdada do catolicismo e a razão por trás dela é dizer que Tiago corrige Paulo (como se cada palavra da Bíblia não fosse de Deus e perfeita e inerrável e infalível, já desde quando colocada na mente do escritor e escrita pelos seus dedos!) ao ensinar-lhe que as boas obras também têm um papel na salvação.

Por causa dessa falsa data (bem próximo do ano 62), e uma vez que Tiago Zebedeu foi martirizado por Herodes no ano 44 d.C., a maioria dos evangélicos se ajunta aos católicos em acreditar que o escritor da epístola de Tiago foi Tiago o irmão de Jesus (bem, os romanistas, somente para insensatamente defenderem a perpétua virgindade de Maria, dizem que o grego pode às vezes significar primo; erram, pois isto só é verdade, mesmo que raramente, no hebraico, nunca no grego).

Nós nos posicionamos com aqueles crentes batistas que acreditam que o autor da epístola foi o apóstolo Tiago filho de Zebedeu e irmão do apóstolo João (acreditamos assim porque esse Tiago, mais Pedro, mais João, foram os 3 apóstolos do círculo mais íntimo e chegado ao Senhor, que os distinguiu em várias ocasiões, e os tomou como únicos testemunhas em pontos cruciais de Seu ministério. Uma vez que Pedro e João escreveram livros do N.T., nada mais natural que esse Tiago também o tenha feito. Note também que Pedro e João se apresentam como "servo do Senhor Jesus", tal como o autor da epístola de Tiago).

Em conseqüência disso, acreditamos que a epístola foi escrita bem antes de Tiago Zebedeu ser morto por Herodes Agripa em cerca do ano 44 d.C. Possivelmente foi escrita pouco depois do espalhamento (ano 32, At 8:4; Jesus nasceu no ano -4 e foi crucificado no ano 30) dos cristãos ex-judeus após o martírio de Estêvão, e antes do ano 37, quando Paulo visitou Jerusalém a primeira vez (At 9:26 e seguintes), quando pode ter ensinado a Tiago a revelação que teve do evangelho da graça estendida aos gentios para a dispensação das igrejas locais.

Quer o escritor da epístola tenha sido Tiago Zebedeu (ano entre 32 a 37) ou tenha sido, como usualmente se pensa, Tiago o irmão de Jesus (no máximo no ano 48 ou 49, antes do Concílio de Jerusalém referido em At 15, quando Paulo pode ter ensinado sua revelação a todos os outros apóstolos) e não próximo ao ano 62 (apedrejamento de Tiago irmão de Jesus), esta missiva tem todas as evidências de ter sido o primeiro livro do N.T. a ser escrito, sendo seguido pelo Evangelho de Mateus (ano 38) e pelos 3 primeiros livros escritos por Paulo (Gl, 1Ts, 2Ts), os quais foram grafados no ano 52.

Portanto, se alguém estivesse corrigindo alguém, seria Paulo que estaria corrigindo Tiago.

Mas a melhor e mais harmoniosa explicação é simplesmente que Tiago escreveu para uma situação temporária e de transição, a um grupo de crentes de origem judaica (veja-se para quem é endereçada a epístola: Tia 1:1 "Tiago, servo de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas, saúde.") espalhados logo após o martírio de Estêvão (bem antes da Diáspora que se seguiu à terrível destruição de Jerusalém no ano 70), grupo tendo alguns membros já salvos e pertencentes à atual dispensação (das igrejas locais) e tendo outros membros ainda no vestíbulo da salvação, isto é, ainda (pelo menos parcialmente) crendo à maneira do Velho Testamento [isto é, já sendo atraídos para Cristo, mas ainda não realmente estando nEle!]), e escreveu também para aqueles judeus que serão salvos durante os 7 anos da Tribulação.

Por outro lado, Paulo escreveu para crentes ex-gentios (quando havia ex-judeus numa igreja local, agora eram indiferenciados dos outros cristãos, não havia mais judeus nem gentios, eram somente cristãos sem diferenças entre si), escreveu para a dispensação das igrejas locais.

Sim, “toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;” (2Tm 3:16); sim, “... tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.

” (Rm 15:4); sim, toda a Escritura tem sempre três aplicações: histórica, devocional e doutrinária; sim, nunca há problemas com a aplicação histórica e a devocional; mas são somente Rm e Fm que foram escritas e sempre se aplicam total e diretamente a nós, os crentes desta dispensação das igrejas locais. Repitamos: são somente Rm e Fm que sempre se aplicam direta e integralmente a nós.

Portanto, sempre que há uma aparente contradição entre um verso desta parte e outro verso das demais partes da Bíblia, tudo fica fácil, trivial e imediatamente resolvido quando notamos que o versículo em Rm e Fm se aplica diretamente a nós os crentes da dispensação das igrejas locais, e o outro a outras pessoas, de outras dispensações.